Igor Cosso, 29, falou sobre a homofobia e a pressão que sofreu por ser gay como ator em depoimento disponível no canal TEDx Talks no YouTube.
Atualmente no elenco da novela 'Salve-se Quem Puder', da Globo, como Júnior, ele relembra que se impactou com o preconceito ao conseguir seu primeiro trabalho na TV, quando tinha 19 anos.
"Fui lá trabalhar e, logo nos primeiros dias de gravação, todo empolgado, entendi que o que era natural para mim poderia ser fatal para minha carreira. Eu lia, nas revistas e jornais, gente grande no mercado dizendo que um ator do meu perfil não podia se assumir gay, porque se não ele nunca mais ia trabalhar", relata.
"Eu queria trabalhar. Então comecei a engolir um monte de piada machista que eu escutava. Não socializava de jeito nenhum com meus colegas de trabalho, ficava escondendo meus namoros e ficava respondendo perguntas do tipo 'o que uma mulher tem que ter para te conquistar?'. Esse era o meu cotidiano", disse.
Igor Cosso conta que um jornalista teria publicado uma notícia informando que um ator da novela em que estava trabalhando - ele, no caso - era gay e, "se quisesse crescer na carreira, era melhor se esconder".
"Eu tinha 19 anos. Quando as pessoas começaram a compartilhar essa notícia, fiquei desesperado. Achei que meu sonho estava sendo arrancado de mim", relembra.
"Todo mundo acha que arte, televisão, é um ambiente muito livre, que não tem preconceito, mas é mentira. Todo ambiente de trabalho tem gente preconceituosa", opina.
Confira abaixo a íntegra do depoimento de Igor Cosso sobre a questão da homofobia em sua carreira:
O ator Igor Cosso teve sua primeira grande oportunidade na TV aberta na temporada exibida entre 2010 e 2011 no seriado 'Malhação', da Globo.
Entre outros trabalhos na televisão e no teatro, ganhou destaque quando atuou em novelas da Record TV, como 'Os Dez Mandamentos', 'Apocalipse' e 'Jezabel'.
Atualmente, Igor Cosso está no elenco da novela das 7 'Salve-se Quem Puder', que teve suas gravações e exibição interrompidas por conta da pandemia do novo coronavírus no primeiro semestre de 2020.
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