O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) acatou uma acusação de estupro contra o arquiteto e ex-BBB Felipe Antoniazzi Prior e determinou que a audiência de instrução e julgamento do caso ocorra em 10 de maio de 2021.
O ex-participante do reality show da TV Globo é alvo de duas denúncias de prática de estupro e uma de tentativa de estupro. Os casos foram revelados em abril deste ano pela revista Marie Claire.
"Verifico que as provas que instruem a denúncia demonstram a materialidade do crime e suficientes indícios a atribuir autoria. Não é caso de rejeição liminar, portanto, recebo a denúncia", afirma o juiz Luiz Guilherme Angeli Feichtenberger em sua decisão.
Os relatos dão conta de crimes praticados nos anos de 2014, 2016 e 2018 ?os dois mais recentes teriam ocorrido durante jogos universitários promovidos por faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo. Nenhuma das vítimas registrou boletim de ocorrência à época dos acontecimentos por medo. Felipe Prior nega todas as acusações.
Em agosto deste ano, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo concluiu o inquérito policial do caso e pediu seu arquivamento. O Ministério Público de São Paulo, no entanto, optou por apresentar denúncia naquele mesmo mês.
O relatório policial final, assinado pela delegada Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, pontuava que o exame de corpo de delito de uma das vítimas identificou "uma laceração de primeiro grau no lábio esquerdo da vagina", mas que a lesão poderia "ocorrer em acidentes, durante os partos, inclusive uma relação sexual mais intensa".
Em julho deste ano, após a exposição dos casos, uma quarta suposta vítima procurou a delegacia para prestar depoimento, mas seu relato nem sequer foi considerado pelo relatório policial.
Nas redes sociais, Prior se manifestou sobre o caso afirmando ser inocente e que jamais cometeu violência sexual. "O que me deixa mais chateado é saber que depois que eu entrei na casa [Big Brother Brasil] as pessoas apresentaram uma denúncia pesada contra mim. Os meus advogados estão tomando todas as providências", disse.
A defesa das vítimas é feita pelas advogadas Juliana de Almeida Valente e Maíra Machado Frota Pinheiro.
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