"Sou uma mãe que denunciaria meu filho". A frase é de Luiza Brunet, 58, ao falar sobre violência doméstica, nesta quarta-feira (14), no Saia Justa (GNT).
Em 2016, a atriz e ex-modelo afirmou ter sido agredida em Nova York pelo ex-companheiro Lírio Albino Parisotto, 62, com quem estava junto havia cinco anos. Em novembro de 2020, Brunet comemorou a notícia de que o STF negou por unanimidade o recurso do empresário, que tentava reverter a condenação por agredi-la verbal e fisicamente.
No Saia Justa, ela destacou mais uma vez a importância de denunciar as agressões para que a sociedade evolua e modifique a forma como as mulheres que passam por essa situação são tratadas.
"Que exemplo posso dar para os meus filhos se não tomasse a atitude que tomei? Tem que quebrar o ciclo para que a Yasmin não suporte também violência", disse sobre a filha.
Para o filho, Antonio, a ex-modelo costuma dizer que vai denunciá-lo caso ele agrida uma mulher. "Mãe, já sei que não pode", ele responde.
Brunet afirmou também que já havia sido agredida antes do episódio em Nova York. Naquela ocasião, achou que era hora de tomar providências. "Estava me fazendo mal e me machucando de todas as formas", desabafou.
O enfrentamento à violência contra a mulher foi o tema do Saia Justa desta semana. Brunet divulgou, durante o programa, o número 180 para as mulheres que precisam fazer uma denúncia.
Ela disse que em um relacionamento abusivo é difícil perceber o grau de periculosidade. "É tão difícil de detectar quando você está dentro de um relacionamento abusivo e você vai estendendo essa relação que não está boa".
Para Brunet, a violência física é o penúltimo estágio do feminicídio e é importante ficar atenta aos sinais.
Hoje ativista, ela contou que se sente bem por ter ido em frente, apesar dos desafios, na denúncia contra o ex-namorado.
"Quando veio a condenação, foi um alívio muito grande. Você restaura a sua história, a sua verdade e você se fortalece. Isso aconteceu comigo", disse.
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