Em um vídeo emocionado para o programa Saia Justa (GNT), a atriz Mônica Martelli contou que Déa Lúcia Amaral, mãe e inspiração do humorista Paulo Gustavo, se despediu do filho com um agradecimento.
"Meu filho, meu filho, obrigada por você ter me escolhido para ser sua mãe", ela disse no momento em que foi declarada a morte de Paulo Gustavo, na terça-feira (4).
Segunda Mônica, a mulher que inspirou a personagem Dona Hermínia, grande sucesso do humorista, tem a mesma energia do filho. "Eles são iguais", disse a atriz.
De férias, Mônica gravou o vídeo para falar sobre o amigo e disse que a morte deixou um buraco que fará parte da sua existência daqui para frente.
"Eu acho que com o tempo essa dor vai virar saudade, mas vou viver essa dor o tempo que ela tem que ser vivida", disse, chorando muito.
Mônica destacou a contribuição do humorista para que muitas famílias aceitassem seus filhos gays, por serem fãs dele e de Dona Hermínia. "O Paulo Gustavo mexeu com as famílias brasileiras através da Dona Hermínia, através da posição dele, do casamento dele, dos filhos dele", afirmou.
A atriz definiu a inteligência do amigo como "totalmente fora da curva" e contou que ele tinha ideias sem parar e costumava ligar para compartilhar.
"Inspirou, transformou, afetou a vida de todo mundo que passou por ele", opinou. "A dor que estou sentindo é do tamanho do amor que sentia por ele, da amizade que a gente tinha, da troca que a gente tinha".
Além de Mônica, a irmã dela, Susana Garcia Capri, também era amiga do ator e dirigia suas produções. Nas redes sociais, Susana contou que falava com Paulo 20 vezes por dia.
"Somos confidentes. Somos muito unidos. Nos admiramos muito. Você entrou na minha vida de forma arrebatadora. A nossa união aconteceu no trabalho, na família, na vida. Na alegria e na dificuldade", escreveu.
Ela contou que durante a pandemia o humorista ajudou financeiramente pessoas que trabalhavam em seus filmes e chegou a mandar um email perguntando quem precisava de auxílio, além de ter enviado recursos para compra de oxigênio em Manaus (AM).
Paulo Gustavo morreu após quase dois meses internado em um hospital da zona sul do Rio, devido a complicações da Covid. Ele deixou o marido, Thales Bretas, e os filhos Gael e Romeu, de um ano e nove meses.
Antes da confirmação de morte, a equipe médica havia classificado o quadro como irreversível e a família foi chamada ao hospital.
A morte provocou comoção entre os amigos e os fãs do artista. Na noite desta quarta-feira (5), ele foi homenageado com aplausos e gritos de bravo nas janelas de todo o Brasil. A manifestação foi mais intensa na região metropolitana do Rio, em especial em Niterói, onde o humorista nasceu.
O espetáculo "Minha Mãe É Uma Peça", em que o humorista interpretava Dona Hermínia, estreou há 15 anos no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema, zona sul do Rio. Transformou-se em um grande sucesso nos cinemas, com três filmes, e virou livro.
Paulo Gustavo se preparava para gravar uma série sobre a sua principal criação. Por causa da pandemia, a filmagem foi adiada.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta