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Maju Coutinho diz que não pensa em ter filhos: "Nunca tive essa necessidade"

Maju Coutinho diz que não pensa em ter filhos: "Nunca tive essa necessidade"

A jornalista também falou sobre a relação com o seu cabelo, que nem sempre foi boa, e afirmou que teve que criar uma casca dura para enfrentar o preconceito

Publicado em 11 de abril de 2021 às 11:34- Atualizado há 4 anos

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A jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, apresentadora do 'Jornal Hoje'
A jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, apresentadora do "Jornal Hoje". (Cesar Alves/Globo)

Ser mãe, por enquanto, não está nos planos da jornalista Maju Coutinho, 42. Em entrevista ao jornal O Globo, a apresentadora do Jornal Hoje disse que nunca sentiu ter vocação para ter filhos.

"Meu marido tem dois filhos, né? Já é avô, inclusive, tem dois netinhos. Ele já tinha filhos adolescentes quando a gente se conheceu. E a gente se dá muito bem do jeito que a gente está, então eu nunca tive essa supernecessidade de ser mãe", afirmou.

Maju é casada com o publicitário Agostinho Paulo Moura desde 2009. "De repente, eu mude de ideia, adote ou engravide. Não estou falando que é um jogo fechado, mas no momento é isso", completou.

RELAÇÃO COM O CABELO

Na entrevista, a jornalista também falou sobre a relação com o seu cabelo, que nem sempre foi boa. "Cresci vendo uma enxurrada de cabelos lisos e loiros. Não tinha consciência de que meu cabelo era assim. Minha mãe fazia trancinhas nele quando eu era pequena, depois alisei", afirmou.

Ela contou que resolveu usar tranças depois que viu um cabelo todo trançado na revista Raça. Depois de tirar as tranças, Maju disse que teve que usar um aplique, porque havia estragado os fios com um babyliss.

"Agora que tirei e o cabelo está natural, estou numa relação de amor profundo. De entender quem ele é, como eu trato. Nunca tive isso antes."

A apresentadora, que já foi alvo de ataques racistas em 2015 e em outros momentos de sua carreira, falou teve que criar uma casca dura para enfrentar o preconceito, do qual é vítima desde criança.

"Quando se é negra como eu, com a pele mais escura, se é mais animalizada: macaco, essas coisas, é muito comum ouvir. Teve uma marcante, de um amigo-secreto, que hoje acho inimigo-secreto, mandar um bilhetinho: 'Por que você não passa um condicionador nesse cabelo?'. Nesse nível. São essas coisas que fazem parte do racismo estrutural e que podem minar a confiança, a autoestima."

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