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Marcus Tardin estreia em "Salve-se Quem Puder": "Personagem otimista"

Marcus Tardin estreia em "Salve-se Quem Puder": "Personagem otimista"

Ator interpreta Vitinho, que entra nesta segunda fase da novela das 7, da TV Globo. Folhetim segue sem referências à Covid-19 e promete entregar “mundo ideal” do futuro

Publicado em 25 de maio de 2021 às 12:00

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O ator Marcus Tardin
O ator Marcus Tardin. (Douglas Tiene)
Autor - Pedro Permuy
Pedro Permuy
Repórter do Divirta-se / [email protected]

Única novela inédita da TV Globo no ar, "Salve-se Quem Puder" entrou em sua segunda fase no último dia (17). Escrita por Daniel Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga e Victor Atherino, a trama começou a trazer novos capítulos e até mesmo personagens. Na última segunda-feira (24), foi a vez de Rodrigo Simas chegar como Alejandro. Além do astro, outro ator também dá as caras e estreia nesta nova fase do folhetim: Marcus Tardin.

O fluminense dará vida ao fisioterapeuta Vitinho, que ajuda o personagem de Felipe Simas a se recuperar de um acidente. "Vitinho entra nos próximos capítulos. É um personagem que entra pontualmente, que é para a recuperação do Felipe Simas, que sofre um acidente em Cancún, no México. Então tem toda uma expectativa por trás disso, de uma família que lida com vários dramas", conta Tardin, em entrevista à Gazeta.

"Acredito que o público irá vibrar muito com ineditismo da trama, com as reviravoltas e desfecho dos personagens que se afeiçoaram, mas também com novos que estarão entrando; sem dúvidas, uma novela que já fez história por toda sua trajetória de superação", completa.

Segundo o ator, as gravações aconteceram com intenso acompanhamento e cuidados com os protocolos contra a Covid-19.  "Há uma equipe de segurança sanitária e engenheiros da Saúde que tomam conta só do distanciamento, da higienização dos espaços do teto ao chão após as gravações, dos camarins individuais, de tudo isso. Realmente nos sentimos seguros gravando e tudo foi seguido criteriosamente", avalia.

Por outro lado, os autores de "Salve-se..." decidiram continuar com a história sem fazer quaisquer referências à realidade trazida pela pandemia, como fez "Amor de Mãe", que chegou a adaptar a história com a onda do coronavírus no Brasil. "Foi uma decisão dos autores, por conta de a novela estar entre os dois principais telejornais da emissora, o local e o JN, que já trazem informações", explica Marcus, que continua.

"A trama se passa em São Paulo justamente para ser um respiro para o público diante desses noticiários que estão cada vez mais intensos sobre a pandemia. A trama realmente se passa em um tempo de sonho que a gente viverá em breve. O pós-pandemia", conclui.

Com 16 anos de atividade profissional na TV, Marcus conta que  jamais imaginou viver tantas mudanças no exercício do seu ofício, porém, também percebe ganhos, transformações positivas que o novo momento trouxe para indústria. No bate-papo, Tardin ainda falou mais detalhes das gravações na TV e do trabalho no teatro com o espetáculo "Na Hora do Adeus" com a atriz Kenny Alberti, que teve se adaptar ao mundo digital, sendo apresentada no Instagram.

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    É um personagem que tem um objetivo de trabalhar em função da vida, um personagem otimista, vibrante, que participa dessa recuperação (do personagem de Felipe Simas) com muita determinação, comprometimento. O Vitinho vem aí como um cara que também tem um lado emocional, psicológico, trabalha e encontra forças para superar os dramas que ele vive. Então, eu diria que é um personagem que vai além da questão técnica da saúde física. Ele trabalha também a questão emocional, psicológica dele. É claro que isso não é mostrado na trama, isso faz parte do meu processo de criação. Ele não tem essa intervenção emocional explícita nos episódios.

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    Foi um processo totalmente novo, a gente viveu durante cinco meses isso. A novela foi toda gravada entre agosto e dezembro com muitos desafios, muitas adversidades, passamos por uma série de protocolos de segurança regularmente.

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    Durante todas as semanas, fizemos testes de Covid, tivemos uma série de restrições dentro dos sets, dos estúdios, com um engenheiro de saúde presente cuidando do distanciamento, higienização. Tivemos equipes de segurança sanitária que ficaram lá o tempo todo para desinfetar todos os ambientes de cena. Então, foi algo completamente novo, uma realidade inimaginável, ter uma equipe que ao fim de cada cena higieniza tudo, do chão ao teto, seja em cenas com carro, em casas, apartamentos... Enfim, uma equipe mesmo de saúde de segurança trabalhando incessantemente, cuidando da nossa saúde. Com protocolos bastante rígidos. 

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    Nos sentimos muito seguros o tempo todo. Muitas coisas que surgiram e hoje se incorporaram à nova forma de fazer televisão. Não existem mais aglomerações dentro do processo de produção, não tem mais camarim individual, não tinha mais figuração nos processos de gravação, muitos aspectos técnicos que foram introduzidos e adaptados.

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    Totalmente, sim. O que a gente tinha antes de convivência com outros profissionais deixou de existir. Nós vivemos um processo muito individualizado, cada um em seu camarim. O tempo de dedicação antes de ir para os estúdios, cidades cenográficas, eram mais concentrados, cada um no seu processo, então acho que isso favoreceu. A própria dinâmica das cenas, que eram gravadas em 10 minutos passaram a demorar 40 minutos. Então, isso deu um pouco mais de ajuste para os atores entre um processo e outro. Diminuiu a velocidade da indústria e acabou trazendo mais consciência e concentração para o processo. Então acho que foi um ganho nesse sentido.

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    Cenas de beijo, que antes eram feitas normalmente, agora são feitas em gravações individuais. O ator finge que beija o outro personagem. Ele beija uma bola de tênis, que foi colocada ali para você simular o beijo. Depois, o outro ator repete e isso tudo ia ser fundido por computação gráfica, na pós-produção. Foi um quebra-cabeça que eu imagino que os setores artísticos da edição tiveram um trabalho monumental, porque, literalmente, foi a junção de peças para algo que já tinha uma dinâmica. E hoje vendo no ar, o mais interessante, é que você não percebe que esse processo foi assim, recortado. O público não vê diferença. E isso é incrível. Você descobre uma nova forma de produzir, com recursos novos e mantendo a mesma qualidade.

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    Acredito que sim, agregaram. É lógico que aos olhos da indústria, da velocidade de produção, dos mecanismos já desenvolvidos para o processo de produção do audiovisual, existem várias perdas. Estamos agora com uma obra que é a próxima das 7. Ela estava para entrar em julho e já foi postergada para novembro, porque não podemos correr o risco. Vai gravar a novela toda e depois que ela estiver toda gravada ela vai para o ar. Por outro lado, em relação ao dia a dia, falando como ator, diminuir o ritmo, para esse processo de criação artístico, é um ganho, porque você pode trabalhar, lapidar um pouco mais o processo todo. Você tem mais tempo para elaborar, para construir, diante de um processo normal que você não conseguiria, era muito mais acelerado. Mas acho que vamos encontrar um meio de caminho nisso, porque não pode ser no ritmo que é, que não comporta o ritmo da indústria, mas houve esse ganho, sim.

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O ator Marcus Tardin
O ator Marcus Tardin. (Douglas Tiene/Divulgação)
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    Não. Foi inclusive uma decisão do autor, por conta de a novela estar entre os dois principais jornais da emissora, que já estão trazendo informações, de não retratar a pandemia na trama, não trazer nenhuma referência. A trama se passa em São Paulo, em um tempo de sonho que a gente viverá em breve, no pós-pandemia. Tudo isso para ser um respiro para o público diante desses noticiários que são cada vez mais intensos sobre a pandemia.

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    Não, também não, não existe nada nesse sentido. A trama segue sua proposta de ser leve, divertida... Meu personagem mesmo entra com um propósito vibrante de otimismo, superação...

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    Foi muito curioso, porque quando estourou a pandemia nós estávamos com uma turnê programada com a peça saindo do Rio. Tínhamos feito três temporadas aqui, e íamos sair pelo Brasil. Nós fizemos a escolha de fazer a peça no virtual, basicamente de forma popular, pelo Instagram. Fizemos em maio do ano passado e tivemos um retorno muito positivo do público com espectadores de fora do Brasil, inclusive, gente da Europa, Estados Unidos, até Israel. Depois fizemos essa temporada entre julho e setembro e, nesse período, houve o convite da Globo para entrar na retomada, porque estavam parados os estúdios havia quatro meses. E foi curioso, porque me pegou de surpresa, porque não imaginava que podia ter um convite nesse sentido, porque o audiovisual estava parado. 

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    Mas foi muito positivo e conversou muito com esse universo. Em agosto, setembro, estava gravando durante o dia e à noite estava gravando on-line, no meu home teatro. Montei na minha casa um home teatro onde eu transmito a peça, cada ator e atriz em sua casa, e foi muito novo lidar com o presencial de volta, com todas as restrições, mudanças que nós vivemos que eu relatei, e também sair dessa condição de trabalho individualizada e entrar no meu distanciamento, no meu processo de reclusão, e trabalhar da mesma forma. E foi revelador também, porque o que fica são os aprendizados dessas experiências todas.

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