Após sofrer preconceito por ser portador de vitiligo, uma condição que altera a coloração da pele, Roger Monte foi ao fundo do poço, aprendendo a conviver com a depressão.
No entanto, após uma década, aos 34 anos, o modelo carioca transformou seu complexo em uma causa e uma fortaleza para o trabalho dentro da moda.
Em entrevista ao portal "Extra", ele afirma que foram anos desviando o olhar do espelho, sem ficar à vontade em público e disfarçando as manchas que começaram a surgir em seu corpo aos 23 anos.
"Eu tive alguns anos realmente sombrios. Não aceitei minha condição de jeito nenhum e comecei a usar maquiagem para camuflar minhas manchas. Com a ajuda de amigos, fui encorajado a mostrar minha verdadeira pele, revertendo meu quadro depressivo. Eles me ensinaram a ver minhas manchas como algo único e bonito. Então, um dia acordei, peguei meu celular, tirei uma foto e postei no Instagram. Mesmo tímido, me sentindo cru diante das câmeras, acabei me redescobrindo e percebi que era feliz mostrando quem realmente sou. E a partir disso, as coisas acabaram acontecendo", conta Roger, ao posar para a "Dyo Magazine".
Após a iniciativa de se redescobrir, Roger conquistou a atenção de algumas marcas famosas e os trabalhos como modelo começaram a aparecer. Desde então, o espelho e a câmara, que antes eram seus inimigos, passaram a ser parceiros.
"Se minhas fotos são capazes de ajudar outras pessoas a aceitarem seu verdadeiro eu, então estou feliz. Fiz da câmera minha aliada e mal posso esperar para ver o que o futuro me reserva", reforça o modelo carioca.
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