Há 15 anos estreava, no Rio de Janeiro, o espetáculo "Minha Mãe É Uma Peça", sob direção de João Fonseca, estrelando o ator Paulo Gustavo, que faleceu nesta terça-feira (4), por complicações em decorrência da Covid-19.
O espetáculo entrava em cartaz também em 4 de maio, no ano de 2006, no Teatro Cândido Mendes, um estabelecimento de 120 lugares, localizado em Ipanema, na Zona Sul. Naquele dia, o público pôde conhecer Dona Hermínia.
"Uma mulher de meia idade aposentada e divorciada, cuja maior preocupação é justamente buscar algo com o que se preocupar", como dizia a sinopse da peça, que foi publicada na revista Rio Show, do jornal O Globo.
O comediante se inspirou em sua mãe, Déa Lúcia Amaral, para criar a personagem da peça que ele decidiu montar sozinho. Contando com poucos recursos e apenas três mil reais que o ator conseguiu com ajuda da família, Paulo Gustavo estava convicto que a história tocaria muita gente.
"Em pouco tempo o espetáculo se torna burburinho na cena carioca, o boca a boca se ocupa da divulgação e as sessões vão se esgotando com uma antecedência cada vez maior", diz nota publicada em seu site oficial.
"Sessões extras passam a ser uma constante, já fazendo parte da agenda do teatro, até que chega o momento em que o Cândido Mendes, tão acolhedor e berço de tantos espetáculos de sucesso, fica pequeno para o espetáculo", completa.
Então a carreira de Paulo Gustavo começou a decolar. Em janeiro de 2007, o espetáculo foi para o Teatro Leblon, contando agora com 480 lugares e ingresso a R$ 50. As sessões continuaram lotadas e nos quatro anos seguintes, mais de 500 mil pessoas assistiram ao monólogo.
Em 2011, o humorista estreou no canal Multishow com o programa 220 Volts, que teve cinco temporadas, em que ele interpretava diversos personagens em vídeos curtos. Ele também esteve no elenco de séries como "Vai que Cola" (2013) e "A Vila".
No ano de 2013 o primeiro filme da sequência "Minha Mãe É Uma Peça" chegou às telas dos cinemas, e anos depois a franquia se tornou a mais bem sucedida da história do cinema brasileiro. O terceiro longa ostenta atualmente o título de maior bilheteria de filme nacional de todos os tempos, com uma renda bruta de R$ 143,9 milhões.
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