O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul entrou com uma ação pública contra o apresentador Sikêra Jr e a emissora Rede TV após o jornalista ter feito comentários preconceituosos contra o público LGBT+ durante o programa policial Alerta Nacional. O órgão ainda pede que as partes paguem uma indenização de R$ 10 milhões por Sikêra ter chegado a chamar a comunidade de "raça desgraçada".
Segundo a petição, Sikêra Jr é acusado por "carregar uma constante ameaça nas próprias falas", que contêm também "teor discriminatório e de preconceito".
O discurso do apresentador que feriu a comunidade LGBT+ dava conta de comentário sobre uma propaganda de uma rede de fast food, que mostrava crianças de diferentes idades entrevistadas que explicam que é normal ter dois pais ou duas mães.
"Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento", disse o apresentador, na ocasião.
"A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar", continuou o comunicador.
Na ação, o MPF pede que a indenização milionária deva ser destinada à estruturação de centros de cidadania LGBT+.
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