O ator britânico Michael Caine afirmou, em entrevista ao jornal The Guardian, que não voltaria a trabalhar com Woody Allen após as acusações de pedofilia que recaíram sobre o cineasta retornarem aos holofotes recentemente.
"Eu fiquei tão abismado", revelou Caine. "Sou patrono da NSPCC [Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, um órgão inglês] e tenho opiniões contundentes sobre pedofilia. Não consigo formar uma conclusão sobre o caso, porque eu amava Woody e tive um excelente relacionamento profissional com ele", acrescentou o ator, que venceu a primeira das duas estatuetas do Oscar de sua carreira pelo papel em Hannah e Suas Irmãs (1986), comédia dirigida por Woody Allen.
O diretor foi acusado nos anos 1990 por sua ex-mulher, Mia Farrow, de ter abusado sexualmente da filha adotiva do casa, Dylan Farrow. O caso nunca chegou a ser encerrado e voltou à tona com os recentes protestos e denúncias em Hollywood, desencadeados pelas acusações contra Harvey Weinstein.
"Eu até mesmo o apresentei à Mia", lembrou Michael Caine. "Não me arrependo de ter atuado com ele, o que eu fiz em total inocência, mas não voltaria a trabalhar com ele", concluiu o ator.
Recentemente outros atores, como Rebecca Hall, Mira Sorvino, Ellen Page e David Krumholtz expressaram arrependimento por ter trabalhado com Woody Allen à luz das acusações.
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