Pelas redes sociais, Neymar se pronunciou pela primeira vez, nesta sexta-feira (29), sobre a acusação de que ele teria atacado sexualmente uma funcionária da Nike, em 2016, e se recusado a colaborar com as investigações internas da companhia norte-americana.
O acordo de patrocínio com a empresa teria sido rompido após o jogador não ter contribuído com a apuração.
"Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido", escreveu ele.
Atualmente patrocinado pela Puma, o jogador do Paris Saint-Germain foi convocado para as partidas da seleção brasileira nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
"Ironia do destino continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu", completou ele. A Nike é fornecedora de material esportivo da Confederação Brasileira de Futebol. À reportagem, o pai do jogador afirmou que a empresa age por represália ao término do contrato.
O caso foi revelado pelo The Wall Street Journal e confirmado pela reportagem e teria acontecido durante uma viagem do atleta para Nova York, em 2016, na qual ele teria tentado forçar uma funcionária da Nike a fazer sexo oral nele, no hotel onde estava hospedado.
A empresa confirma que essa funcionária relatou o caso apenas em 2018, com um pedido de sigilo, mas que a investigação interna teria começado apena no ano seguinte, com consentimento dela.
No texto publicado nesta sexta, Neymar diz que em 2017 viajou com a mesma equipe do ano anterior, e que ainda realizaram outras viagens nos anos seguintes.
O atleta firmou seu primeiro contrato com a Nike em 2013.
Em uma outra publicação, a NR Sports (empresa que gerencia a carreira dele) afirma que o encerramento do contrato não teve a ver com a acusação.
"Não apresentaremos, por ora, os documentos que revelam a forma de encerramento do contrato, por questões óbvias de estrito sigilo e confidencialidade, em total observância aos princípios éticos e de governança corporativa que devem nortear a conduta de uma companhia", diz o comunicado.
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