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Novela "Sonho Meu" volta à TV quase 30 anos após primeira exibição

Novela "Sonho Meu" volta à TV quase 30 anos após primeira exibição

A trama é protagonizada por Carolina Pavanelli, que tinha 6 anos na época das gravações e foi imediatamente alçada ao estrelato

Publicado em 14 de julho de 2021 às 16:11

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 Quase 30 anos se passaram até que a novela "Sonho Meu" ganhasse uma segunda exibição na TV. A trama de Marcílio Moraes, que passou originalmente em 1993 na faixa das 18h da Globo, voltou ao ar na segunda-feira (12), em reprise do canal pago Viva.

A trama é protagonizada pela pequena Maria Carolina, a Lalesca, uma menina que é abandonada em um orfanato pela família, mas que enfrenta os problemas da vida de forma lúdica. O papel foi a estreia na televisão de Carolina Pavanelli, que tinha 6 anos na época e foi imediatamente alçada ao estrelato.

Cena da novela
Cena da novela "Sonho Meu", que volta a ser exibida pelo Canal Vilva. (Reprodução/Rede Globo)

Hoje com 34 anos, a carioca leva uma vida discreta e longe do mundo artístico. À reportagem, ela conta que atualmente trabalha com educação, como diretora pedagógica e professora de redação do ensino médio em uma escola particular do Rio de Janeiro.

"Eu lidero a parte de elaboração de currículo escolar, de qualidade do material didático, formação de professores, dou palestras e formações, enfim... Todo o meu ofício é muito direcionado à educação", diz. "É um caminho em que eu obtive êxito, sucesso na minha carreira, então fico bastante satisfeita também."

Sem planos para voltar a atuar na frente das câmeras, embora "não feche as portas para nada", ela afirma que não foi uma decisão consciente deixar a profissão de atriz. "A vida foi acontecendo", afirma. "Eu ainda fiz algumas outras novelas e programas na Globo até uns 12 para 13 anos. Depois, fui ganhando outros interesses na vida."

"Fiz faculdade de cinema, com interesse de fazer roteiro, mas na mesma época comecei a dar monitoria, em uma espécie de estágio em uma escola, ensinando redação, e aí comecei a gostar mais disso e a entender a educação como realmente meu propósito e como o que eu queria fazer de fato", explica.

EXPERIÊNCIA

A educadora está ansiosa para acompanhar fielmente toda a trama. "Na verdade, não é nem uma possibilidade de rever o trabalho, para mim é uma possibilidade de ver pela primeira vez", diz. "Quando eu era criança e fazia a novela eu não conseguia assistir efetivamente. Eu só vi partes, alguns trechos muito curtos na época."

Sobre sua personagem, ela diz que tinha características semelhantes a Lalesca na época. "Eu era menos levada do que ela", ri. "Ela era uma criança muito levada, eu era mais na minha. Mas eu era muito falante também, muito comunicativa que nem ela. Acho que isso a gente tinha em comum."

Carolina Pavanelli, atriz-mirim de
Carolina Pavanelli, atriz-mirim de "Sonho Meu", hoje está com 36 anos. (Reprodução/ Instagram @oioipava)

Mas também houve desafios ao longo da trama, como o período em que a personagem recebe diagnóstico de leucemia. "Na época da novela, eu não tinha noção do que era isso", confessa. "Eu era muito criança e, é claro que me explicaram que é uma doença grave, mas eu não tinha noção da dimensão."

Pavanelli conta que não tem mais contato direto com ninguém do elenco. Porém, ela costuma trocar mensagens por meio das redes sociais com Patrícia França, que interpretou a mãe dela na trama, e com os também ex-atores mirins Luiza Curvo, de 36 anos, e Eduardo Caldas, também de 36 anos, que viviam os personagens Aninha e Chico, respectivamente.

Ela também disse que foi um momento muito triste para ela a morte de Elias Gleizer (1934-2015), que viveu o bonachão Tio Zé na novela. O senhor virava amigo de Lalesca e, junto com o cãozinho Tofe, eles encantaram toda uma geração de brasileiros.

"Foi quase como se um pedaço da minha infância tivesse apagado também", afirmou. "Apesar de a novela ter sido um período curto e específico da minha vida, a presença dele foi muito significativa na minha infância. Com certeza foi uma perda muito grande."

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Ela diz que não o via há bastante tempo, mas que a mãe dela o encontrava frequentemente no calçadão da Barra da Tijuca, próximo de onde ambos moravam. "Ele sempre foi muito amado, muito simpático e muito receptivo", lembra.

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