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Pocah diz que funk salvou fã de relação tóxica e fala de carreira

Pocah diz que funk salvou fã de relação tóxica e fala de carreira

Dona de sucessos como “Lei da Gravidade”, com Léo Santana, e "Não Sou Obrigada" falou ao Divirta-se da relação com família, carreira e amor pelos fãs capixabas

Publicado em 28 de março de 2020 às 15:00

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A cantora Pocah
(Rodolfo Magalhães)

Pocah tem só 25 anos. Em 2012, quem a viu estourar com “Mulher do Poder” poderia até pensar que ela faria sucesso, mas jamais imaginaria que em pleno 2020 ela seria uma das cantoras de maior prestígio do funk. Com mais de quatro milhões de ouvintes mensais só no Spotify, a artista se orgulha de todo o trabalho que faz com a música e adianta que vem coisa boa por aí.

Ao Divirta-se, Pocah confidencia que já inspirou uma fã a sair de uma relacionamento tóxico por meio de um funk e diz que é por essa e outras que se sente tão viva na profissão que escolheu. “E ouvi muito que eu não ia conseguir viver da música. Por quê?”, questiona, em tom de afronta, como resposta aos haters, com quem ela teve que se acostumar a conviver.

A cantora Pocah
(Rodolfo Magalhães)

Do mesmo jeito que é ovacionada por seu público fiel diariamente, ela também recebe duras críticas na web por se expor demais. “Absorvo só o que é construtivo para minha carreira e para minha vida”, pontuou ao ser questionada sobre a solução para se livrar do ódio nos “tribunais” da internet.

Afinal, a todo momento, ela é mais uma mulher do meio artístico que é julgada. “Eu lutei muito para chegar até aqui, enfrentei muito preconceito, ouvi muito que não conseguiria viver de música”, desabafa.

O fato é que, diante deste cenário, pouco faz diferença na vida da estrela esse tipo de episódio, já que tem muito sucesso e hits para ostentar. Recentemente ela lançou “Lei da Gravidade”, música em parceria com Léo Santana, e misturou funk e axé na maior naturalidade. “Gosto de poder transitar, experimentar”, fala, reiterando que a mescla deu mais do que certo.

Tanto que o clipe já lhe rendeu mais de 6 milhões de acessos no YouTube e quase 2 milhões de plays no Spotify. “Léo é um artista que admiro muito, quando o convidei para fazer a música, ele topou na hora”, continua.

Durante o bate-papo exclusivo com A GAZETA, a cantora também falou do namorado, da saudade da filha e da relação com os fãs do Espírito Santo.

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Você tem quase 4 milhões de ouvintes mensais só no Spotify. Um de seus últimos lançamentos no YouTube tem mais de 6 milhões de views, com Léo Santana, e a cada post seu na web os fãs reagem de forma instantânea. A que atribui esse sucesso?

  • Tenho muito tempo de carreira, são quase 10 anos, e fãs muito fiéis que gostam de verdade do meu trabalho e me apoiam muito. Isso é incrível, eu tenho um retorno muito lindo deles. Sou muito grata.

Falando em “Lei da Gravidade”, como foi fazer esse trabalho?

  • Foi demais. Léo é um artista que admiro muito, quando o convidei para fazer a música, ele topou na hora. Gravamos o clipe em lugares históricos de Salvador, o resultado do clipe e da música não poderia ser melhor.

Apesar de se tratar de um funk, “Lei da Gravidade” tem uma presença muito forte do axé na batida – ritmo de Leo Santana. Você tem arriscado mais nessa mescla de gêneros?

  • Sim, quisemos trazer a minha essência, mas também a do Léo. Eu adoro essa liberdade de cantar além de funk, outros gêneros. Gosto de poder transitar, experimentar. Os fãs têm curtido bastante, o retorno deles é muito positivo.

Aliás, quais são suas apostas na carreira para o futuro?

  • Posso dizer que tem bastante coisa nova vindo por aí, estamos preparando surpresas incríveis para o público.

E falando de próximos meses, como acha que ficará o cenário musical no Brasil depois do coronavírus?

  • Acredito que no cenário musical, como em todas as outras áreas, houve uma desaceleração. Mas é necessário nesse momento. É muito importante ficarmos em casa, adotando o isolamento social e nos cuidando muito. Precisamos nos unir para que essa pandemia perca força e acabe o quanto antes for possível.

No Instagram, por exemplo, como todos os artistas, você acaba expondo um pouco da vida particular. Como lidar com os haters e com a enxurrada de julgamentos e de comentários?

  • Absorvo só o que é construtivo para minha carreira e para minha vida. Me nutro apenas do amor que recebo através das redes sociais. Todo o resto, são apenas discursos de ódio e preconceito que não devem ser levados em conta.

Tem alguma história que tenha ficado na sua memória e envolva um fã por meio da internet?

  • Eu costumo receber muitas mensagens positivas, mas tem uma que me marcou muito! Ano passado recebi um direct no Instagram de uma fã que tirou forças e se inspirou em minha música (“Não Sou Obrigada”) para sair de um relacionamento tóxico. Foi incrível, uma sensação de dever cumprido porque meu trabalho não é só fazer música, é ajudar as pessoas também.

Você começou bem nova no funk e hoje tem 25 anos idade. Apesar de já ser da nova safra de artistas do funk, como você avalia o gênero musical no mercado e de que forma atua para ajudar no combate ao preconceito que ele enfrenta?

  • Comecei muito nova e vejo que, em 10 anos de carreira, o funk cresceu absurdamente. Ainda é um gênero que sofre muito preconceito porque retrata a realidade das comunidades, mas, com o passar dos anos, conseguimos conquistar o nosso espaço. Claro, ainda tem muita luta, mas tenho muito orgulho de todos os lugares que o funk já alcançou, tenho orgulho de fazer parte disso.

Já esteve no Espírito Santo várias vezes... Alguma passagem te marcou de forma especial?

  • Eu amo fazer show no Espírito Santo. Sempre sou recebida de braços abertos pelo público, vocês têm uma energia incomparável. Não vejo a hora dessa pandemia passar, voltar para os palcos e fazer show aí.

Além de a carreira, você tem uma família para dar conta e com namorado (risos). Como dá para conciliar tudo? E como concilia tudo com sua filha?

  • Meu namorado apoia todas as minhas decisões e me acompanha sempre que possível. Já a saudade da minha filha é algo sempre presente, mas ela entende que é meu trabalho. Quando estou viajando, sempre nos falamos por ligação ou videochamada. Ela é meu maior tesouro, faço tudo por ela.

A Pocah que você é hoje sempre foi tudo o que você sonhou?

  • Eu lutei muito para chegar até aqui, enfrentei muito preconceito, ouvi muito que não conseguiria viver de música. Hoje olho para trás e sou muito grata. Com o meu trabalho, minha força e minha batalha, mostrei para todos que sou capaz sim, por que não seria? Tenho muito orgulho da mulher que me tornei e do exemplo que sou para minha filha. Ainda tenho muitos sonhos para realizar, mas acredito que tudo acontece no tempo certo.

Há alguns meses, aqui no Estado, um fã mirim, o Nyelzinho, fez o maior sucesso na web ao dançar uma música sua. Na ocasião, vocês marcaram de se conhecer. Você chegou a vê-lo pessoalmente? Gosta dos fãs mirins (risos)?

  • Sim, eu o conheci no dia que fiz o show no Espírito Santo. Ele é um fofo! Acho ótima a interação e carinho com os fãs mirins, adoro ver os vídeos que os familiares me mandam dos pequenos dançando e cantando minhas músicas. Só posso agradecer por essa troca.

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