> >
"Prêmio vai para cirurgia que minha mãe precisa fazer", diz Juliette

"Prêmio vai para cirurgia que minha mãe precisa fazer", diz Juliette

Vencedora do BBB 21, que terminou ao vivo na Globo na noite desta terça (4), revelou que também quer comprar casa com o prêmio milionário do reality de Boninho

Publicado em 5 de maio de 2021 às 13:42

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
A campeã do BBB 21, Juliette Freire
A campeã do BBB 21, Juliette Freire. (Globo/João Cotta)

O “alvo fácil” da casa nas primeiras semanas tornou-se a grande vencedora do ‘Big Brother Brasil 21’ ao final de 100 dias de confinamento.

O bom-humor, o amor e talento na música, o regionalismo cativante e a capacidade de perdoar foram algumas das características que se destacaram na personalidade de Juliette. A jornada da advogada e maquiadora dentro do BBB fez com que ela conquistasse uma legião de fãs. No início do jogo, a paraibana despertou a incredulidade dos confinados e acabou sendo excluída do grupo. Mas, gradativamente, conquistou a confiança e o carinho de pessoas dentro e fora da competição.

No meio do caminho, o rompimento de amizades importantes e a formação de novas conexões garantiram sua sobrevivência até o último dia com momentos marcantes vividos na casa. As provas não eram seu ponto forte, porém o mais importante dos prêmios ela alcançou: com 90,15% dos votos do público, a integrante do time Pipoca garantiu o primeiro lugar e R$ 1,5 milhão, que disputou com Camilla de Lucas e Fiuk.

“Eu sempre escolhi confiar nas pessoas. Elas não conseguiram me entender, acharam que eu não tinha boas intenções nem sei por quê. Foi doloroso, mas também muito enriquecedor. Eu consegui me refazer, me reconectar comigo mesma e não perder a fé nas pessoas, em mim ou na vida. Foi tudo maravilhoso”, avalia sobre seu percurso no programa.

A seguir, a campeã revisita sua trajetória no confinamento e fala sobre os rumos que pretende tomar agora que é nacionalmente conhecida.

A campeã do BBB 21, Juliette Freire
A campeã do BBB 21, Juliette Freire. (Globo/João Cotta)

Participar do ‘Big Brother Brasil’ era um sonho seu há muitos anos. Como foi para você realizá-lo nesta edição e sair campeã?

  • Foi uma coisa louca. Por mais vontade que eu tivesse de participar, era um sonho apenas. Não imaginava que fosse ser real. E mesmo quando foi acontecendo eu, ainda assim, não acreditava. Só acreditei quando recebi a mochilinha com meu nome (risos)! Eu entrei na casa muito eufórica, muito feliz, muito brincalhona. Estava tão feliz que eu só queria dar amor e amizade, fazer brincadeiras, e aí me perdi. As pessoas não conseguiram me entender, acharam que eu não tinha boas intenções nem sei por quê. Foi doloroso, mas também muito enriquecedor. Eu consegui me refazer, me reconectar comigo mesma e não perder a fé nas pessoas, em mim ou na vida. Foi tudo maravilhoso!

Apesar de ter entrado no programa com imunidade, você passou por momentos difíceis nas primeiras semanas, quando foi mal interpretada por boa parte dos brothers. Como foi viver esse período dentro do BBB?

  • Eu imune ainda tratei de arrumar voto (risos). Eu senti muito as minhas dores e as das outras pessoas. Era um caos. Muito barulho, muita vaidade, muito medo também. Cada um queria falar mais que o outro e ninguém se escutava, e aquilo foi me consumindo, as pessoas me machucando. Eu beirei a loucura porque foi muito difícil. Mas depois que eu entendi que eu precisava resistir, eu consegui retomar a sanidade.

Já tinha passado por situações semelhantes aqui fora?

  • Não. Eu já passei muitas coisas difíceis, mas daquela forma, não. Às vezes as pessoas também achavam que a minha expressão era assim ou assado, falavam sobre algumas coisas, mas nunca tão grandiosas. Mas eu sempre soube que eu era uma pessoa difícil de entender.

O que fez para superar esse desafio e seguir e frente?

  • Na minha vida eu nunca tive muita escolha, eu precisava agir. Sempre agi rápido e lá dentro precisei fazer isso também. Eu tinha um objetivo muito claro que era mudar a vida da minha família e a minha. Quando eu me via muito fraca, eu pesava o que valia mais e a minha família sempre vai valer mais do que qualquer coisa. A minha mãe, as pessoas que eu amo... Eu conseguia superar qualquer coisa por eles. Isso me dava força para continuar. Eu só queria seguir e passar por aquilo rápido.

As amizades, nesse contexto, te ajudaram a superar as fases ruins ou acabaram sendo mais uma coisa para te atrapalhar?

  • Acho que as duas coisas. No início, quando eu vi que a situação estava muito difícil, eu tentei me afastar para não prejudicar as pessoas. Fiquei muito confusa. Mas eu precisava de acolhimento e quando as pessoas me acolhiam, conversavam comigo, pegavam na minha mão, eu tinha fôlego para continuar. Então, no início me atrapalharam porque não me entendiam, mas depois que eu me senti acolhida acabou sendo mais leve, fiquei mais confortável.

Ainda no início do confinamento, você, Sarah e Gilberto formaram o chamado “G3”, mas depois houve um rompimento do grupo. Como você enxerga esse momento?

  • Eu saí porque não concordava com algumas ideias e com o jeito que eles faziam as coisas. Mas ao mesmo tempo eu me divertia com eles. Eu me sentia acolhida, eles me abraçaram quando eu estava muito mal. Então eu fiquei naquele dilema entre me machucar, porque o que eu não concordo me machuca, ou me afastar. E eu não me afastei, na verdade, eles que se afastaram de mim. Foi muito difícil, mas eu levantei a cabeça e segui porque é assim a vida, nem sempre do jeito que a gente quer. Às vezes não temos muito tempo para chorar ou lamentar, temos que seguir, e eu fiz isso.

Quais amigos te fortaleceram e você pretende levar adiante após o reality?

  • Com certeza a Camilla, o João e o Gil. Ainda preciso entender algumas coisas com o Gil, mas eu gosto muito dele, o sentimento é muito verdadeiro. Ainda não consegui assistir às coisas, me situar, mas gosto de todo mundo. Acho que todo mundo erra, mas acerta também. E a Camilla é a minha maior certeza na amizade.

Você acabou demorando para ganhar uma prova do BBB, e foi justamente a última liderança da temporada. Como foi viver essa expectativa?

  • Depois dos primeiros problemas que tive na casa, esse foi o maior. Eu ficava muito frustrada porque sou uma pessoa muito competitiva, gosto de dar o meu melhor, sou forte, trabalho muito. Então eu imaginava que aquilo seria fácil. Mas o meu emocional estava totalmente abalado, um misto de sentimentos. Quando eu ganhei a liderança, gritei o que estava entalado na minha garganta há muito tempo. Foi muito bom!

Se você pudesse destacar os momentos inesquecíveis do BBB, para você, quais seriam?

  • A primeira vez que vi minha mãe, quando recebemos a notícia da vacina e quando ganhei o programa!

Imaginava que poderia vencer o BBB 21?

  • Minhas amigas tinham certeza de que eu iria ganhar. Eu não, eu tinha medo. Eu imaginava que fosse sair na primeira semana justamente porque as pessoas não iriam me entender. Quando eu entrei imune, fiquei louca de felicidade. E aí aconteceu tudo que vocês já sabem (risos).

Quais foram as coisas que mais te surpreenderam, dentro e, depois, quando saiu do BBB?

  • Lá dentro eu imaginei que as coisas eram mais fáceis, que as pessoas eram mais verdadeiras. E vi que não era bem assim, que era mais difícil, que não dava para confiar em todo mundo. E eu não sou acostumada com isso. Eu sempre escolhi confiar nas pessoas, então foi algo que me assustou; eu não sabia lidar com isso. E quando eu saí, primeiramente, ter saído campeã. Foi uma surpresa, eu realmente não esperava, de verdade! E a quantidade de pessoas que se identificam comigo também me surpreendeu muito mesmo. Estou em choque ainda.

Você conquistou uma legião de fãs aqui fora. Na sua opinião, o que pode ter gerado tanta identificação com o público?

  • Estou sabendo! No BBB, eu tentei não machucar as pessoas. Não deixei as minhas dores falarem por mim, tentei ser quem eu era. Eu acho que fui verdadeira, fui eu e não me importei com qualquer vaidade. Só vivi, tentei superar as dificuldades e correr atrás do que eu queria. Então acho que a minha verdade, a minha força e não querer o mal do outro podem ter gerado essa identificação.

Hoje você tem 24 milhões de seguidores somente na sua conta do Instagram. Se pudesse dizer algo a elas agora, o que diria?

  • Primeiramente, que eu não sei o que fazer para manter vocês comigo (risos). Mas eu vou dar muito orgulho a vocês. Quero muito retribuir todo o amor que eu estou recebendo, todo esse abraço. Quero mostrar a vocês ainda mais as coisas em que eu acredito e ajudar de alguma forma, seja com meu exemplo, seja com minha vida. Quero vocês sempre perto de mim.

Falaram muito aqui fora sobre uma possível carreira de cantora. Mas quais são seus reais planos agora que está conhecida em todo o Brasil?

  • Eu estou vendo que o povo adorou me ver cantando! Eu amo a música, é uma paixão. Se for para cantar, eu estou aí. Mas acho que ainda preciso aprender muito. Mas, por amor, já tem meu coração, eu vou cantar na hora! Mas como planos mesmo eu só quero deixar a minha família em segurança, conversar com meus amigos, com minha mãe e poder ajudar de alguma forma as pessoas que gostam de mim. É o que eu mais quero.

O que pretende fazer com o prêmio de R$ 1,5 milhão?

  • O prêmio vai, primeiramente, para a cirurgia que minha mãe precisa fazer. Depois, para uma casa própria para os meus irmãos, uma casa popular. Eles têm uma vida muito simples e são felizes assim. Eu não quero mudar a vida deles para algo que não é deles, eu vou somente dar um conforto mesmo. Alguns trabalham, outros não, têm um salário pequenininho, e eu quero dar uma segurança financeira para eles. Essas são as minhas prioridades agora. Depois disso não sei mais, vou ver o que vai acontecer. Mas esses eram os meus objetivos quando eu entrei no BBB e continuam sendo.

Este vídeo pode te interessar

(Com informações do site de imprensa da Globo). 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais