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Procuradoria acusa médicos de homicídio com dolo eventual por morte de Maradona

Procuradoria acusa médicos de homicídio com dolo eventual por morte de Maradona

Além de convocadas para interrogatório, sete pessoas estão impedidas de deixar a Argentina

Publicado em 20 de maio de 2021 às 10:55

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Maradona
Maradona com o médico Leopoldo Luque, acusado de homicídio com dolo eventual . (Divulgação - 11.nov.2020/via AFP)

A Procuradoria-Geral de San Isidro, que investiga a morte de Diego Maradona (1960-2020), acusa sete profissionais de saúde ligados ao caso de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Os acusados serão interrogados a partir do dia 31 de maio e estão impedidos pela Justiça de deixar a Argentina.

Além do neurocirurgião Leopoldo Luque, que era o médido particular de Maradona, participarão dos interrogatórios: os enfermeiros Ricardo Omar Almirón e Dahiana Gisela Madrid; o coordenador dos enfermeiros, Mariano Perroni; a médica que coordenava a internação domiciliar para a companhia Swiss Medical, Nancy Forlini; o psicólogo Carlos Ángel Díaz; e a psiquiatra Agustina Cosachov.

Esses profissionais haviam sido notificados anteriormente pela Justiça por homicídio culposo, cuja pena varia de 1 a 5 anos e pode ser cumprida em regime aberto. Com a nova acusação, porém, a pena aos envolvidos pode ser de 8 a 25 anos de prisão.

Leopoldo Luque, responsável pela operação de um hematoma na cabeça de Maradona no dia 3 de novembro de 2020, pouco menos de um mês antes da morte do ídolo argentino, também será interrogado por suposto uso de documento privado adulterado.

O médico teria utilizado uma assinatura falsa de seu paciente para solicitar seu histórico de saúde. A carta com a assinatura foi encontrada na casa de Luque durante a investigação.

A atualização das acusações ocorre depois de a junta médica responsável por investigar as causas da morte do ex-jogador ter apresentado um relatório com mais de 70 páginas, nas quais aponta que Maradona foi "abandonado à própria sorte".

O ídolo argentino morreu em uma casa de um condomínio fechado localizado no bairro de San Andrés, em Tigre, norte da Grande Buenos Aires.

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"Levando em conta o quadro clínico-psiquiátrico e o mau estado geral, ele deveria ter continuado a sua reabilitação e tratamento interdisciplinar em uma instituição adequada", diz trecho do relatório.

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