O jornalista Rafael Colombo, 43, pediu para deixar o quadro Liberdade de Opinião na CNN Brasil, após um ano na apresentação. Ele estava descontente em apresentar o quadro, do qual Alexandre Garcia, 80, participa.
Pessoas próximas ao jornalista disseram à Folha de S.Paulo que ele já estava descontente há muito tempo de participar do quadro com Garcia. Ele já havia conversado com a direção da empresa para deixar o quadro, mas foi convencido a ficar.
A notícia de que Garcia ganhava dinheiro com vídeos de fake news, publicada pelo jornal O Globo, foi estopim para ele pedir para deixar o quadro. Dados entregues à CPI da Covid, mostram Garcia no topo de uma lista que lucra com notícias falsas. Colombo continua no jornal Novo Dia, ao lado da jornalista Elisa Veeck.
Em maio, os dois jornalistas tiveram divergências de opinião ao vivo durante o quadro no telejornal Novo Dia, da CNN Brasil. Colombo comentou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que declarou a possibilidade de editar decreto para garantir o direito de "ir e vir". Garcia, que apoia o político, questionou o âncora e disse que Bolsonaro quer apenas cumprir a Constituição brasileira.
Garcia afirmou ainda que o presidente tem "todo o direito" de lançar o decreto para proibir governadores e prefeitos de determinarem restrições para o controle do coronavírus. "O direito à vida também está na Constituição. Os governadores e prefeitos não estão tentando garantir o direito à vida?", questionou então Colombo.
Após um período de silêncio, Garcia respondeu: "Eu não estou sendo entrevistado", fazendo referência à pergunta. Colombo então seguiu a apresentação e disse que os dois continuariam a conversa no dia seguinte, sexta-feira (7), já que não havia mais tempo.
O veterano, então, respondeu "não sei se voltamos". Após o jornal acabar, Colombo foi à chefia perguntar se estava fora da emissora, mas isso não aconteceu.
Procurada na época do desentendimento entre os jornalistas, a assessoria da CNN Brasil disse em nota: "A CNN Brasil declara que Alexandre Garcia permanece no quadro Liberdade de Opinião".
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