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Rodrigo Santoro e Selton Mello voltam a encenar juntos após quase 30 anos

Rodrigo Santoro e Selton Mello voltam a encenar juntos após quase 30 anos

Atores estão na 5ª temporada de Sessão de Terapia que estreia no Globoplay

Publicado em 4 de junho de 2021 às 14:34

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Selton Mello nos bastidores de gravação da 5ª temporada de
Selton Mello nos bastidores de gravação da 5ª temporada de "Sessão de Terapia". (HelenaBarreto/Globoplay)
Autor - Erik Oakes
Erik Oakes
Editor do Divirta-se / [email protected]

A nova temporada de "Sessão de Terapia", que estreia nesta sexta-feira (4), no Globoplay, promete muito mais que mostar os dilemas de Caio Barone, personagem de Selton Mello. A trama marca o reencontro de dois amigos no set de filmagens depois de quase 30 anos.

Selton Mello e Rodrigo Santoro voltam a trabalhar juntos nesta temporada, o que não acontecia desde "Olho no Olho", de 1993, onde se conheceram. Na série do Globoplay, além de atuar, Selton dirige Rodrigo pela primeira vez.

"Tenho muita admiração pela capacidade que o Selton tem de desempenhar com maestria as duas funções no mesmo projeto. Fazia muito tempo que eu não participava de um trabalho que me sentisse tão à vontade. Então acho que a quinta temporada vem num momento muito oportuno, no melhor sentido da palavra, para falarmos das questões humanas", define Rodrigo.

Rodrigo Santoro como o psicólogo Davi Greco, em
Rodrigo Santoro como o psicólogo Davi Greco, em "Sessão de Terapia". (HelenaBarreto/Globoplay)

"Reencontrar o Santoro agora, mais maduro, tendo esse afeto que sempre nos uniu foi muito emocionante, sobretudo porque ele faz um personagem que é fundamental: o terapeuta do terapeuta. A posição do Davi é a poltrona suprema porque é o cara que cuida do protagonista e também está se curando porque ele também tem seus mistérios que vamos descobrir ao longo da temporada. Então fazer isso com o Santoro, que é um amigo, um cara que eu amo, foi lindo", comenta Selton.

A TEMPORADA

Sem Sofia por perto, Caio precisa procurar um novo profissional para acompanhá-lo. É então que chega à série Davi Greco (Rodrigo Santoro), um terapeuta que cuida de adultos, mas sobretudo de crianças, fato que vai gerar uma tensão entre eles. Os novos pacientes, que Caio atenderá durante a semana são: Manu (Letícia Colin), Tony (Christian Malheiros), Giovana (Luana Xavier) e Lidia (Miwa Yanagizawa).

A vida familiar também vai permear a quinta temporada de "Sessão de Terapia". Com a notícia da morte da mãe, seu grande fantasma do passado, Caio entrará em conflito com sua irmã, Mariana (Bruna Chiaradia), que insiste para que ele conheça o irmão, Miguel.

Miguel será vivido por Danton Mello, na grande participação especial desta temporada. O encontro dos dois irmãos atores em cena será inédito, já que fizeram algumas peças de teatro juntos, pequenas participações no cinema, mas nunca se encontraram em algo desse porte, na tv ou streaming.

“É muito comovente fazer essa série, que na quinta temporada se passa durante a pandemia. O acolhimento e a escuta, que são fundamentos da terapia, são ainda mais necessários e o eixo da relação do Caio com os pacientes se torna ainda mais sólido e fundamental nesse momento. Através de uma ficção, você consegue tocar o coração do público e fazer com que ele se enxergue e que ele sublime muitas dores, então ela chega em um momento primordial”, define Selton.

A quinta temporada da série foi gravada nos Estúdios Globo e os dez primeiros episódios estreiam no Globoplay, nesta sexta (4). A cada semana, cinco novos episódios sobem à plataforma, sempre às sextas-feiras.

Quais são os principais dilemas do Caio nesta nova temporada?

  • Selton Mello - O dilema principal do Caio, que costura toda essa temporada, é o surgimento do irmão de um outro casamento. Ele passa a temporada inteira sendo estimulado pela irmã (personagem da Bruna Chiaradia) a encontrar esse irmão. A mãe do Caio casou de novo, teve um outro filho de um outro casamento e eles deviam se conhecer. Ele passa a temporada inteira sofrendo com esse possível encontro, negando esse encontro e isso resvala muito nos encontros com o Davi (personagem do Santoro).

Como foi feita a escolha do elenco?

  • Selton Mello - Essa é a parte mais prazerosa para mim, a parte onde eu encontro os intérpretes ideais para dar vida e emprestar a sua sensibilidade aos personagens. Eu sou muito grato a todos eles, eu sou um ator antes de ser diretor. Então eu sou um diretor colega, eu sou um diretor que entende as dificuldades de ser um ator, eu sou muito parceiro deles. Foi lindo contar com esse time tão vasto de escolas tão diferentes, de experiências tão distintas, cada um com sua história e bagagem como artista e como pessoa. Eu tenho um quarteto fantástico que é a Letícia Colin, que é uma gênia, uma das maiores atrizes da sua geração sem dúvida alguma; o Christian Malheiros, que é um menino iluminado, a Miwa, que é uma atriz muito poderosa que vem do teatro; a Luana Xavier, que é uma grande atriz e faltava um espaço grande para ela brilhar, e o Santoro, grande ator e grande amigo.

Pode falar um pouco do seu reencontro com o Santoro? E sobre seu encontro com o Danton no set?

  • Selton Mello - O Santoro é um irmão que eu tenho na vida, uma das poucas pessoas com quem eu converso sobre tudo. A gente se identifica muito em muitos aspectos da vida e da arte. A gente não trabalhava junto há quase 30 anos, fizemos uma novela juntos em 93 que se chamava Olho no Olho. A gente estava bem garoto e nunca perdemos o elo que nos unia, a afeição, a torcida mútua. Ele construiu uma história muito linda lá fora com muita batalha e eu admiro demais isso, assim como ele me disse que fica comovido de ver a minha transformação de ator para diretor, esse leque que eu abri para me expressar de outras formas. Reencontrar o Santoro agora, mais maduro, tendo esse afeto que sempre nos uniu foi muito emocionante, sobretudo porque ele faz um personagem que é fundamental: o terapeuta do terapeuta. A posição do Davi é a poltrona suprema porque é o cara que cuida do protagonista e também está se curando porque ele também tem seus mistérios que vamos descobrir ao longo da temporada. Então fazer isso com o Santoro, que é um amigo, um cara que eu amo, foi lindo.

  • Meu irmão é outra emoção gigantesca porque somos atores desde criança, fazemos isso a vida inteira, fizemos um curta-metragem, trabalhamos juntos no teatro e na televisão, nunca. Como é possível isso? Como é que nenhum diretor, nenhum autor teve a ideia de falar assim “Nossa, são dois irmãos atores vamos colocá-los juntos fazendo irmãos?” Ninguém fez isso, pois que ótimo porque quem fez fui eu (risos). Então o encontro com Danton tem a mesma grandeza da participação especial da Nathália Timberg na temporada anterior, ou seja, ele vai surgir em um episódio mas é “o episódio” e é uma mistura emocional muito grande porque é um encontro dos irmãos Caio e Miguel, mas também para o público é um encontro dos irmãos Selton e Danton. Para mim e para o Danton, foi um momento inesquecível, muito forte, muito poderoso e muito lindo.

Como acha que a série vai impactar o público, especialmente em um ano que vivemos o isolamento social?

  • Selton Mello - Eu sempre disse que essa série é mais do que uma série, é uma mão estendida. Eu recebo centenas de mensagens de pessoas agradecidas por nosso trabalho, dizendo que foram salvas pela série, que começaram a se cuidar e a se tratar depois de assistir o que fizemos. Agora que a gente vive essa pandemia, acho que as pessoas estão precisando muito de ajuda, as pessoas estão com a saúde mental abalada, as pessoas estão perdendo parentes, emprego, a esperança e essa série traz tudo isso. Através de uma ficção, você consegue tocar o coração do público e fazer com que ele se enxergue e que ele sublime muitas dores, então ela chega em um momento primordial.

O mundo está muito sensibilizado com a pandemia. Qual a principal mensagem da série?

  • Selton Mello - A principal mensagem da série é a esperança, é não desistir, continuar lutando, continuar acreditando, sentir que vai passar, ter fé. É o momento de conexão com terapia, meditação, encontro com o divino, com Deus, seja qual for o seu Deus e a sua religião. É esse o momento: momento de conexão, autoconexão, de autoconhecimento. Transmitir isso para as pessoas é muito tocante e especial. A série chega em um momento muito oportuno. “Oportuno” no sentido psicológico, no sentido emocional. Então que venha a quinta temporada para lavar a alma de tanta gente que precisa de ajuda, agora mais do que nunca.

*Com informações do site de imprensa da Globo

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