Depois de tanta polêmica e de cancelamentos em massa, o disco de parcerias de Sérgio Reis, 81, não vai mais ser lançado. A informação foi confirmada por Marco Bavini, filho dele e produtor do álbum.
"Ninguém mais que eu lamenta por isso. Eu vinha gravando e construindo esse projeto há quase cinco anos de gravações. Infelizmente foi assim. O disco não existe mais", disse ele ao G1. Procurado, Bavini ainda não havia respondido as solicitações.
Nomes como de Anastácia, Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes e Gutemberg Guarabyra (da dupla Sá e Guarabyra) já haviam anunciado que não fariam mais parte do projeto.
Apenas Paula Fernandes, 36, afirmou nesta segunda-feira (23) que continuaria emprestando sua voz para o próximo álbum de Reis. Por meio de sua assessoria de imprensa, a cantora mineira disse que Reis participou de um álbum dela no começo da carreira e que tem "enorme gratidão", além de muito respeito pela carreira dele. "A decisão é absolutamente artística".
Sérgio Reis causou polêmica após o vazamento de um áudio no qual afirma que caminhoneiros parariam o país em setembro até que o Senado afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de seus cargos. Na sexta-feira (20), a Polícia Federal chegou a fazer uma ação de busca e apreensão na casa dele.
Reis dizia em conversa com um amigo que "se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa está séria". Ele também relatou uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares "do Exército, da Marinha e da Aeronáutica", em que informou o que faria.
"Eu errei, quero pedir desculpas, até ao Supremo", disse o cantor em entrevista a Roberto Cabrini no Domingo Espetacular (Record). "Eu sou uma pessoa que só pensa bem dos outros. E agora estão querendo acabar comigo como se eu fosse bandido. Eu não sou bandido."
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