Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, disse que se sente indignado diante das denúncias de irregularidades na negociação de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Paulo Gustavo morreu aos 42 anos no dia 4 de maio, vítima de complicações da doença. Ele não chegou a tomar o imunizante contra o coronavírus.
Na manhã desta segunda (5), no programa Encontro (Globo), ele foi questionado por Fátima Bernardes sobre como era ler as notícias de suspeita de corrupção na compra da vacina e também sobre a realização de festas clandestinas, em um momento em que o país ainda apresenta altos índices de casos e mortes.
"O meu sentimento é de indignação. Acho que a gente é vítima de uma pandemia mundial, mas nesse momento que a gente vive hoje, algumas atitudes do governo [..] são incabíveis. Eu me sinto uma dessas vítimas de tudo isso, porque poderia ter sido diferente", afirmou ele.
Bretas também criticou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) pela falta de medidas de prevenção. "É claro que é um vírus, uma doença muito grave, mas medidas poderiam ter sido tomadas, incentivada a proteção, máscara, isolamento. Sinto que a gente está com um desgoverno. O próprio presidente é uma pessoa que não inspira confiança, não inspira esses cuidados", afirmou ele.
Bretas salientou que a Covid-19 é uma doença imprevisível. "O Paulo era uma pessoa saudável, tinha uma asma controlada e não tinha crise há anos, e teve esse desfecho terrível."
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