A modelo Yasmin Brunet, esposa do surfista Gabriel Medina, postou uma série de vídeos no Instagram criticando o COB (Comitê Olímpico do Brasil) por não credenciá-la como oficial técnico nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O tema é dado como página virada pela entidade, mas segue incomodando o casal, que desta vez se pronunciou por meio de Yasmin.
"No momento em que ele subir no pódio, vai estar todo mundo ali atrás dele, mas, quando ele está pedindo ajuda, estão fazendo descaso. Esse tipo de patriotismo seletivo não faz sentido para mim", reclamou a modelo.
Cada modalidade recebe do COB um número determinado de credenciais de oficiais técnicos para os Jogos Olímpicos e distribui a partir de critérios da confederação. A maioria delas tem técnicos que atendem toda a equipe, mas, no caso do surfe, a CBSurfe (Confederação Brasileira de Surfe) optou por deixar que cada atleta escolhesse o profissional que o acompanharia. Antes da pandemia, eram duas vagas, mas esse número foi cortado depois que a Olimpíada encolheu como medida de segurança para conter a disseminação do novo coronavírus.
Inicialmente, Medina indicou seu padrasto, Charles Medina, que era seu técnico, e com quem ele rompeu profissional e pessoalmente. Depois, pediu que o australiano Andy King, treinador que ele contratou no início do ano, fosse inscrito. Em um terceiro momento, quis incluir Yasmin. Ao saber que as credenciais haviam sido reduzidas de duas para uma, solicitou então que King saísse e Yasmin entrasse.
Mas o COB não aceitou, com o entendimento de que Yasmin não cumpre função técnica. Além disso, havia sido feito um acordo, em maio, com Medina, que ele seria acompanhado do treinador australiano.
O casal bate na tecla que Ítalo Ferreira vai acompanhado de um amigo, que, no entanto, trabalha para ele como videomaker há muitos anos e tem amplo conhecimento de surfe e de análise de ondas, e que Weston-Webb viajará ao lado do marido, Jessé Mendes - contudo, ele é surfista profissional e único brasileiro a vencer uma etapa na praia onde vai acontecer a competição. Além disso, o técnico dela já vai para a Olimpíada pelos Estados Unidos.
Yasmin entende que ela também teria direito de ser inscrita. "Tem um levando o amigo, outra levando o marido. Só o atleta sabe o que vai precisar nesse momento. Só o atleta sabe quem vai ajudar. Isso devia ser respeitado", apontou.
A modelo citou ainda como argumento o fato de Medina estar vivendo momentos conturbados com a família. "Ele está passando por momentos complicados na vida pessoal dele. O surfe é esporte individual, e quem compete sabe da importância do psicológico. Sou uma das únicas pessoas que sabe o que está acontecendo, que apoia. Quando ele está chorando, estou ao lado dele. Isso está surtindo efeito, ele está no melhor momento da vida dele. Não tem como compreender por que um pedido para ser tratado como os outros está sendo negado", afirmou.
O COB tem tratado o assunto como página virada. Existe uma lista larga enviada há algum tempo para o Comitê Organizador, e quem estava fora dela não pode entrar no Japão- é o caso de Yasmin. Assim, mesmo se o COB quisesse, não seria possível inscrevê-la.
O comitê optou por não discutir publicamente com Medina. Em sua última manifestação, a entidade citou a limitação de inscritos e o acordo prévio feito com Medina para que ele levasse seu treinador a Tóquio. Ainda ponderou que apoiava um programa chamado "Familiares e Amigos", que permitiria que os atletas levassem pessoas próximas ao Japão. A iniciativa, no entanto, precisou ser cancelada devido à pandemia.
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