O humorista Yuri Marçal afirmou ter recebido proposta para participar de uma campanha do Carrefour. Ele afirmou ter negado o convite, que seria para participar de uma nota de esclarecimento sobre a morte de João Alberto Freitas, 40, em uma unidade da rede.
Conhecido como Beto Freitas, o homem foi espancado e morto por dois seguranças em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre (RS), na noite da última quinta-feira (19). A Defensoria Pública do Estado ingressou com uma ação coletiva na quarta-feira (25) pedindo uma indenização de R$ 200 milhões à empresa por danos morais e coletivos.
"Carrefour acabou de entrar em contato comigo pra fazer uma publicidade, uma nota de esclarecimento", contou em suas redes sociais. "Primeira vez que eu respondo um email mandando tomar no cu."
Questionado pela reportagem, o Carrefour afirma que o convite foi feito antes do ocorrido e que seria para o lançamento do novo aplicativo do grupo. Porém, diz que o projeto foi cancelado e que a agência fez contato com o humorista apenas para "abrir um diálogo" contra o racismo.
"O Carrefour informa que não está com nenhuma campanha de diversidade planejada", disse a empresa por meio de nota. "A empresa esclarece que sua agência de publicidade estava em contato com a assessoria do Yuri Marçal, antes do triste ocorrido em Porto Alegre, para uma campanha do novo app."
"Devido aos últimos acontecimentos, a agência fez contato para cancelar o projeto e abrir um diálogo sobre o atual posicionamento da empresa na luta contra o racismo", afirmou a empresa.
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