Já estamos na melhor estação do ano para beber vinhos, o inverno, e as adegas do Estado oferecem opções para todos os gostos e bolsos. Os tintos, favoritos na época fria, são os protagonistas de uma seleção com 10 rótulos indicados por especialistas convidados pela reportagem.
Na lista que você confere abaixo, há garrafas que custam no máximo R$ 70 em lojas, supermercados e distribuidoras escolhidas pelos entrevistados. São sugestões ideais para acompanhar clássicos da temporada - de queijos com sabor intenso a carnes vermelhas com molhos densos ou massas cremosas.
Para compor nossa lista com 10 tintos de bom custo-benefício, convidamos cinco sommeliers que atuam no Estado. Especialista em vinhos da França e graduado pela renomada escola Wine & Spirits Education Trust, Flávio Azevedo é professor e chef da escola Casa de Sommelier, em Vila Velha. Também graduada na WSET, Tati Gomes é professora no curso de sommelier profissional da Casa de Sommelier. Além de sommelière, a jornalista Nádia Alcalde escreve quinzenalmente em A Gazeta a coluna Entre Vinhos, é sócia na Cervejaria Teresense, em Santa Teresa, e produz o café especial A Thousand Dreams. Chef do restaurante Oriundi, em Vitória, Pedro Kucht acaba de se tornar sommelier. Pedro Pereira, por sua vez, é formado em gastronomia, graduou-se sommelier pela Associação Brasileira de Sommelier (ABS) e integra a equipe do restaurante Eliah, em Vitória.
A Amitié é uma marca gaúcha criada por duas mulheres empreendedoras no mercado de vinho, a sommelière Andreia Gentilini Milan e a enóloga Juciane Casagrande. Indicado pela sommelière Tati Gomes, o Pinot Noir é delicado e revela aromas de frutas vermelhas, como morango, cereja e amora, sem influência de madeira.
Sugestão do sommelier Pedro Pereira, o vinho mostra-se elegante na boca, com taninos delicados e ótima acidez. Entre os aromas, destacam-se frutas vermelhas, torrefação e pimenta preta. "Um belíssimo pinot noir nacional", pontua Pedro.
Produzido pela Casa Perini, uma das mais respeitadas vinícolas brasileiras, esse Cabernet Sauvignon sugerido pelo sommelier Pedro Kucht é encorpado e tem taninos maduros, alta acidez e notas de morango, cereja preta e chocolate. "É a uva mais cultivada no mundo e também a favorita de muitos entusiastas da bebida", destaca Pedro.
"A estrutura da Cabernet Sauvignon e a maciez da Merlot se completam perfeitamente nesse blend", observa o sommelier Pedro Pereira. Jovem e frutado, é um vinho com taninos presentes e bom corpo. Ao nariz, traz aromas de frutas negras, flores e especiarias.
"Muito conhecida na Espanha, a uva Monastrell tende a originar vinhos com cores intensas e altos níveis de taninos, do jeitinho que gostamos de degustar no inverno", comenta a sommeliére e colunista de vinhos de A Gazeta, Nádia Alcalde. Sua dica, o Castillo San Simón 2018, é jovem, fácil de beber e tem aromas de frutas vermelhas frescas.
Um tinto fácil de beber, com taninos médios e presença de frutas vermelhas e ameixa preta, além de notas de couro e chocolate amargo. São essas as características dessa sugestão de Tati Gomes. "A Merlot é uma uva com maior constância de qualidade no Brasil, e a Pizzato uma vinícola de alta reputação. É um vinho que abraça", completa a sommelière.
Outra dica da colunista Nádia Alcalde é o uruguaio Juan Carrau Tannat de Reserva, que passou 12 meses em barrica de carvalho francês e é complexo no nariz, trazendo aromas de frutas vermelhas, ameixa, marmelo e especiarias. No paladar, tem taninos maduros e notas de tabaco e couro. "Aconselho aerar em decanter por 30 minutos antes de degustar. É um vinho com bastante potencial de guarda também", ressalta Nádia.
“Queridinha dos brasileiros, a Malbec triunfa em Mendoza, na Argentina. Originária de Cahors, na França, foi na terra de nossos hermanos que ela encontrou um terroir fantástico, tornando-se a uva emblemática dos nossos vizinhos”, comenta Flávio Azevedo sobre a uva do Luna. "Destacam-se nele aromas de frutas negras, como mirtilo, amoras e ameixas maduras, e há notas de caramelo e baunilha, oriundas do seu estágio em barrica", completa o sommelier.
"Carmenère é uma uva francesa que escolheu o Chile para brilhar. Adoro todos os vinhos 120 da vinícola Santa Rita, porém esse Carménère é a escolha perfeita para quem busca um vinho com taninos macios e fácil de beber", afirma Pedro Kucht. Essa sugestão do sommelier tem notas de frutas vermelhas, cacau em pó e especiarias.
"A Cabernet Sauvignon se apresenta de forma esplendorosa nos solos da D.O. Valle Central do Chile, pois lá há um terroir propício para essa uva, que precisa de calor para atingir a maturação perfeita”, comenta Flavio Azevedo sobre o Yali Wild Swan. Trata-se de um vinho com aromas de frutas vermelhas maduras, como framboesas e groselhas, e notas de ameixa, amora, cacau e pimenta preta.
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