Prato típico do Nordeste e de partes do Norte do Brasil, o baião de dois tem feito enorme sucesso nos cardápios capixabas que o incluem. A receita, de origem cearense, une dois elementos básicos da culinária nacional: o feijão (porém verde ou de corda) e o arroz - quase sempre acrescidos de queijo coalho.
A canção "Baião de Dois", de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, impulsionou a fama do quitute, que hoje é servido em boa parte dos restaurantes de comida brasileira pelo país afora. No Estado, a mistura vem ganhando espaço principalmente nos menus de almoço, com adaptações e releituras cheias de personalidade.
Por aqui, a versão que mais se aproxima da original acompanha a Carne de Sol do Maranhão, refeição para quatro pessoas servida no Coco Bambu, em Vila Velha. "O baião do Ceará leva só arroz e feijão-verde e, em alguns lugares acrescentam o queijo. Aqui usamos feijão-fradinho, porque o verde é difícil de encontrar", explica Fernando Granjeiro, sócio-proprietário do restaurante.
Além do baião de dois, a peça inteira de carne de sol de filé mignon vai à mesa com farofa de ovos, bananas à milanesa, cebola roxa refogada, vinagrete e purê de mandioca gratinado com queijo coalho (R$ 238).
O Regina Maris, também em Vila Velha, inspira-se na variação mais famosa do baião de dois tradicional, o rubacão, que geralmente contém nata ou leite e fica molhadinho. No Baião de Dois à Moda da Casa, bastante cremoso, vão carne de sol, manteiga de garrafa, feijão-de-corda, arroz e queijo coalho misturados e acomodados em uma panela de barro (R$ 132, para duas pessoas).
Inaugurado recentemente na Prainha, o Macunaíma Cozinha Brasileira comprova o sucesso do baião de dois não só entre os capixabas. "Foi uma surpresa receber esses dias um grupo de nove nordestinos que vieram atrás do baião. Um deles brincou e pediu 'pra ver se o daqui presta', e todos aprovaram. É curioso também ver que muitos clientes pedem cajuína para acompanhar, e os capixabas que não conheciam o prato têm vindo para experimentar", conta o chef e proprietário, Murilo Góes.
No restaurante, que abre apenas para almoço, o prato (individual, a partir de R$ 28) é servido aos domingos e contém carne-seca desfiada, bacon, banana-da-terra frita, queijo coalho e feijão-fradinho. "Às vezes coloco o baião no cardápio mais de uma vez por semana, e também faço porções maiores sob encomenda", completa o chef, que também prepara uma opção vegana.
Na cafeteria Coffeetown Praia da Costa, o baião também é uma pedida no almoço, como prato executivo (R$ 27, individual). Arroz, feijão-fradinho, carne-seca desfiada, queijo coalho, bacon e linguiça compõem a releitura da casa.
Em Vitória, o Centro é o destino dos apreciadores do prato. No bistrô A Oca, o cardápio traz quatro versões, no almoço e no jantar, e uma pedida para os veganos é a que contém arroz, feijão-fradinho, ervas, cubinhos de banana-da-terra frita, cenoura, abobrinha, palmito fresco e mix de cogumelos (R$ 36, individual).
Além da Tradicional, que leva queijo coalho, calabresa picadinha, bacon, carne-seca e melaço de cana (R$ 36, individual), entram em cena também o Gonzagão - combinação de ingredientes do vegano e do tradicional (R$ 40, individual) - e o Baião do Mar (R$ 64, individual), com siri, dourado e camarão desfiados, arroz, feijão-fradinho, pimenta e mix de temperos do chef, Fabrício Costa.
Nas noites do Grappino, na Gama Rosa, o Baião D2 serve duas pessoas e é feito com arroz, feijão-fradinho, carne-seca desfiada, calabresa, bacon, queijo coalho e manteiga de garrafa (R$ 66).
*Os horários estão sujeitos a alterações conforme decreto estadual.
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