Como todo mundo sabe, a cerveja é uma bebida que carrega muita história. Talvez por isso tantos mitos tenham sido criados a seu respeito ao longo dos anos. Ingredientes, estilos, sabores e até as maneiras de melhor armazená-la viraram assunto da mesa de bar - ou, por ora, da mesa de casa. Confira abaixo os principais mitos e verdades explicados pela especialista Paula Guedes.
MITO! A cerveja é a bebida mais variada que existe quando o assunto é sabor. Pode até ter um certo amargor, mas nem sempre é assim e a escala de IBU pode te ajudar a entender a intensidade de cada rótulo. O gosto amargo geralmente vem do lúpulo e pode ser medido pelo IBU (International Biterness Unit, ou Medida Internacional de Amargor), a escala que dimensiona a intensidade, variando de 0 a 120. Quanto maior a sua posição na escala de amargor, mais intensa é a bebida. Em alguns estilos, no entanto, ele fica imperceptível, como no caso das cervejas doces, ácidas e até mesmo as ligeiramente salgadas.
VERDADE, MAS...Hoje em dia, todas as cervejarias modernas tratam a água que será utilizada nas receitas para obter sempre o mesmo perfil mineral e padrão de qualidade. Isso permite a reprodução da fórmula em qualquer parte do mundo.
VERDADE! A exposição à luz e ao calor prejudicam a qualidade da bebida. A cerveja deve ser armazenada corretamente em lugar fresco.
MITO! Se você esquecer a cerveja no congelador (e ela não explodir), devolva-a para a geladeira e espere um ou dois dias antes de abri-la. O sabor e a carbonatação devem estar como antes. Claro que não devemos fazer esse processo muitas vezes, mas se aconteceu um dia, não tem problema.
MITO! A regra é clara: quanto mais forte e encorpada a cerveja, menos fria ela deve ser degustada. O que não significa que você deva carregar um termômetro para conferir se o bar serve a bebida na temperatura correta. Por ser leve e delicada, a Pilsen merece ser servida gelada. Quantos graus? O brasileiro costuma beber cerveja no limite do congelamento e não há nada errado nisso. Se você não gosta assim, faça do seu jeito.
MITO! Não se deixe enganar pelos sentidos. A cores marrom ou preta realmente causam a expectativa de uma bebida mais forte ou densa, mas isso não acontece. A tonalidade da cerveja depende da matéria-prima. Maltes de trigo são quase brancos, malte de cevada tipo pilsen dá um tom amarelado e as variedades tostadas e carameladas completam a paleta com cervejas que vão do avermelhado ao negro intenso. Existem cervejas claras que são fortes como é o caso das tripels ou das Imperial IPA, e cervejas escuras que podem ser mais leves, como as Dry Stouts, por exemplo.
MITO! A lista dos ingredientes da cerveja depende do que o mestre-cervejeiro espera obter com a receita. Se a intenção é que ela seja mais encorpada, pode-se optar por trabalhar apenas com malte de cevada ou adicionar um pouco de trigo, mas se o objetivo é deixá-la ainda mais cremosa, é preferível utilizar aveia. Para quem busca uma cerveja leve e refrescante, prefira consumir aquelas que levam um pouco de milho ou arroz junto com o malte de cevada.
VERDADE! A camada de espuma não deixa que a cerveja tenha contato direto com o ar, o que reduz a oxidação e a perda de gás. Além disso, o colarinho ajuda a preservar os aromas da cerveja e a sua temperatura.
As informações foram repassadas pela assessoria de comunicação da Ambev.
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