Quem viaja para o Norte do Estado pelo litoral, via rodovia ES-010, encontra vários motivos para curtir a orla de Aracruz. O primeiro deles já conquista os viajantes na vila de Santa Cruz e leva ao Rio Piraqueaçu, com seus passeios de escuna, sossegados recantos para pescaria e espaço de sobra para navegar de caiaque ou jet-ski. A poucos quilômetros dali, após um belíssimo coqueiral, as praias do Sauê e dos Padres completam uma sequência de enseadas azuis com águas tranquilas e quase sem ondas (veja vídeo no final da matéria).
Se você leu até aqui e já está com vontade de pegar estrada, espere só para conferir os motivos, digamos, gastronômicos, para um tour aracruzense. Destacamos três deles, um em cada praia percorrida na nossa viagem de Norte a Sul pelo litoral. No próximo dia 24, chegaremos a Iriri e Ubu, em Anchieta.
Paramos primeiramente em Santa Cruz para um almoço relaxante sobre as águas do rio que corta a vila de pescadores. Logo depois, conhecemos o point pé na areia que há dois verões é chamado de Bacutia do Norte, na Praia dos Padres, onde também está uma pizzaria com forno a lenha que virou clássico na região.
O bobó de camarão com creme e moquequinha separados, tradição de Aracruz, é uma invenção da praia vizinha, o Sauê. Além do restaurante que serviu o prato assim pela primeira vez, há por perto uma churrascaria e um espaço de comida brasileira super bem recomendado. Bora conferir?
O nome do bar pé na areia mais concorrido da Praia dos Padres foi inspirado no famoso point de Guarapari. A ferveção no Bacutia Pub, apelidado de Bacutia do Norte, é intensa aos sábados e domingos. Nas mesas, sob castanheiras ou na beira do mar, o hit são drinques como a Caip-coco (R$ 20, de vodca e leite condensado e de coco) e os coquetéis de frutas da época - o de morango e maracujá é imperdível.
Para petiscar, uma pedida é a porção mista de camarão, tilápia, banana e batata fritos (R$ 75), mas o cardápio inclui arroz de mariscos e moquecas de cação, de siri e de polvo, guarnecidas de arroz e pirão.
O vaivém de barcos pesqueiros e escunas no Rio Piraqueaçu compõe o cenário do restaurante, que existe há 40 anos. As mesas no deque, sobre a água, são as mais disputadas. Carro-chefe da casa, a moqueca de badejo com camarão custa R$ 156, acompanhada de arroz e pirão, bem servida para duas pessoas. De entrada, chama atenção a casquinha de siri com farofa (R$ 18 a unidade).
Preparações com lagosta também são destaque: além da maionese há moqueca do crustáceo sem casca (R$ 175 ambas as opções, para dois). Muito procurada por grupos, a paella com ampla variedade de frutos do mar custa R$ 320 e serve seis pessoas.
De um lado, o creme de aipim, e do outro, a moqueca: o bobó de camarão ao estilo do restaurante Castanheiras, em que os dois elementos vêm separados na panela, surgiu como forma de vender o prato, que há 25 anos saía pouco. Hoje campeão de vendas, ele custa R$ 165 (com camarões médios, para duas pessoas) e figura em outros cardápios da região. Depois de comê-lo, a boa é descansar nas redes do quintal.
Além do bobó, a moqueca de peixe é um ponto alto do cardápio. Feita com badejo, robalo ou cação, custa a partir de R$ 110, acompanhada de arroz e pirão, para dois. Também há versões com camarão, polvo, lagosta, siri e até mesmo bochecha ou peito de badejo (ingrediente sujeito a disponibilidade). Alternativa aos frutos do mar, o bife à parmegiana (R$ 89/duas pessoas) com arroz e purê de batatas faz sucesso.
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