Nesta sexta-feira, 22 de outubro, comemora-se o Dia do Enólogo, que é o profissional responsável pela produção dos vinhos desde a fase inicial, de plantio, irrigação, poda e seleção de uvas, até a análise química, o controle de qualidade e o envase da bebida.
Embora muitos conhecedores e apaixonados por vinho recebam erroneamente a alcunha de enólogo, é preciso ressaltar que os profissionais que atuam na produção da bebida são os verdadeiros merecedores do título.
Há uma máxima do escritor e entusiasta do vinhos Luiz Groff que explica a diferença: "o enólogo é aquele que diante do vinho toma decisões, e o enófilo é aquele que diante das decisões toma vinho".
O sommelier Pedro Barradas evidencia que enólogo está ligado à produção e que o enófilo é aquele que aprecia a bebida. Já o sommelier é o profissional que trabalha em restaurantes, bares e lojas do segmento e fica responsável pela carta de vinhos, pela escolha e pela compra e conservação dos rótulos. É ele quem dá sugestões de combinação e harmonização com as refeições.
Para cada estágio da enologia, existem cursos e formações de nível técnico, de tecnólogo e livres que capacitam os interessados em atuar no segmento, seja em produção, degustação, harmonização ou comercialização de vinhos.
Aos que desejam explorar o mundo dos vinhos, Pedro explica que é importante ficar atento aos instrumentos e técnicas necessários para usufruir adequadamente da degustação. “O tradicional saca-rolhas de dois estágios com o canivete é o melhor instrumento para abrir garrafas, sem sombra de dúvidas. Esqueça aqueles abridores antigos que muitas vezes machucam a rolha”.
Taças adequadas também são importantes: o modelo flûte, que valoriza o aroma do espumante, bordeaux para brancos e tintos mais estruturados e aromáticos e borgonha para os mais delicados. Completam a lista de acessórios úteis, para degustadores mais experientes, o decanter - ideal para retirar impurezas e oxigenar a bebida - e a pinça, para lidar com rolhas fragilizadas.
Pedro Barradas destaca que o preço é um bom indicativo, mas não o único fator que determina a qualidade do vinho, e salienta que há vinhos nacionais e importados com bom custo-benefício.
“Na hora de comprar, toda informação a mais é útil para ter uma ideia do vinho que vai beber antes da prova, mas importante mesmo é ter uma noção do seu próprio gosto, se prefere um vinho mais doce, mais tânico, mais ácido, encorpado, leve, seco, frutado. Sabendo o que você busca, fica mais fácil encontrar um vinho que atinge esse estilo para, então, buscar regiões, uvas e vinhos que apresentem essas características”, finaliza o sommelier.
Com informações do Senac RJ.
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