Já pensou em uma maneira de respirar fora de casa, viajar, conhecer novos locais e sem sair da própria cidade? Pois é, esse movimento existe e também é chamado de "Staycation", uma recente gíria, que consiste em um turismo local e que vai muito bem durante a pandemia - seguindo todas as regras de biossegurança recomendadas pela OMS, claro.
A ideia é que você tenha uma experiência diferente e, em época de pandemia, essa novidade tem conquistado muitos adeptos em terras capixabas, uma vez que é econômico e seguro. Sim, procurando estabelecimentos que respeitem às normas sanitárias e mantendo a máscara e o distanciamento, é uma prática tranquila a se fazer na pandemia.
O famoso bate-volta está valendo? Claro. Passeios por locais que você não conhece em sua cidade, pernoitar fora de casa, até mesmo o day use (pacote de uso das amenidades do hotel sem pernoite) estão dentro da modalidade. A questão é aproveitar espaços próximos e seguros para fugir da rotina e economizar, já que nem sempre sobra aquela grana para a viagem dos sonhos.
De acordo com Valéria Facini, responsável por uma pousada e hostel no Espírito Santo, "a experiência acontece o tempo inteiro, e cada dia mais aqui no entorno da Grande Vitória". Ela sugere que essa opção de hospedagem é uma ótima forma de relaxar e se livrar da correria do cotidiano, citando alguns casos.
"Mães que deixam a criança com o pai e passam um final de semana para ela se abastecer. Conflitos de relacionamento com nível de estresse em casa, onde passam uns dias e voltam a oxigenar para um novo diálogo", Valéria exemplifica. Dessa forma você pode comer algo diferente, acordar em um lugar calmo e ter energia suficiente para dar o pontapé inicial que a semana exige.
A Ingrid Gabriella, moradora de Vila Velha, é uma das adeptas à prática do staycation. "Eu optei por me hospedar no hostel por diversos fatores, por estar cursando um mestrado e precisar de muito silêncio, de um lugar mais tranquilo para focar na minha dissertação". Ela olha com bons olhos para a experiência e aprova o método.
A Rosi Medeiros, moradora de Vitória, é outra que se orgulha de habitar e turistar pela própria cidade, a capital capixaba. Ela conta que sempre teve uma paixão muito grande pelo estado e agora com a pandemia essa prática se intensificou ainda mais. "Eu procuro evitar os transportes coletivos e públicos, e se eu tenho tudo isso bem próximo, posso fazer um piquenique em meio à natureza, saindo daquela rotina de dentro de casa", afirma Rosi.
A equipe de reportagem questionou a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) sobre a prática do StayCation no Espírito Santo. Por nota, o órgão afirmou que "a prática colabora com a cadeia produtiva do turismo fomentando restaurantes, receptivos e guias de turismo, profissional importante para que esta prática seja ainda mais interessante".
A secretária de Estado de Turismo, Lenise Loureiro, explica que essa nova tendência gera até mesmo uma sensação de pertencimento. "Muitas vezes, na rotina diária, as pessoas que vivem na cidade, no Estado, não conseguem conhecer os atrativos, a história, os serviços locais. Na medida que o morador passa a conhecer, vivenciar a experiência de “turistar” em sua terra ele se torna um promotor do local, postando, compartilhando suas experiências o que colabora com todo o setor”, pontua Lenise.
A Valéria, responsável pela hospedagem, também reforça que a experiência obtida através do staycation mostra que ‘’a gente tá se reapaixonando pelo nosso estado, nossa cultura e isso é muito bacana’’.
Aproveitando que o staycation promove o turismo local, a Secretaria de Estado de Turismo revelou locais que podem ser cenários de relaxamento e estão abertos para visitação, de acordo com o Mapa de Risco da pandemia no ES:
*Conteúdo feito em parceria com o "Em Movimento" e com informações de Elis Carvalho
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