Antes mesmo de se conhecerem, a advogada Juliana Lopez de Brito Monteiro e o engenheiro Fernando de Brito Monteiro já sonhavam em um dia viajar para as Maldivas, um arquipélago de 1.196 ilhas espalhadas pelo Oceano Índico (203 delas habitadas), localizado ao Sul da Índia.
E não é para menos sonhar com esse destino. Basta dar uma navegada pela internet com o tema Maldivas para se deparar com imagens belíssimas, de encher os olhos de qualquer pessoa. Um mar transparente, que casa perfeitamente com o azul do céu, a areia branquinha e, claro, resorts acomodados em ilhas exclusivas. Um cenário perfeito, principalmente para casais. O destino, aliás, é um dos mais procurados para lua de mel. E foi justamente após a troca de alianças que Juliana e Fernando partiram para as Maldivas. Na bagagem, o sonho de viver uma experiência exclusiva com todo o romantismo a que tinham direito neste momento que é especial na vida de todo mundo: o casamento.
E os dois não mediram esforços para realizar o sonho de ir a essa região que fica a poucos horas de avião de destinos do Sudeste Asiático (como Tailândia, Malásia, Singapura, entre outros) e do Oriente Médio, de onde partem voos diretos de Dubai e Doha, no Qatar. Primeiro, fizemos uma conexão na Tailândia, onde ficamos por alguns dias. Depois, pegamos um avião de Bangkok para Malé, capital das Maldivas. De lá, normalmente são duas opções para chegar às ilhas, de barco ou hidroavião. Nós escolhemos a segunda para chegar ao nosso resort, o Hurawalhi. A paisagem é tão linda que não dá nem para sentir medo, conta Juliana. Ao descer no resort os dois já perceberam que teriam sete dias inesquecíveis. Optaram pelo sistema all inclusive (tudo incluído). A gente dividiu nossa estada, metade em uma vila com piscina e a outra em um bangalô no meio do mar. As acomodações são bem cleans e aconchegantes. Primeiro, ficamos na vila e fomos recebidos com uma foto nossa e um espumante de boas-vindas. Esse primeiro momento já foi muito mágico.
Juliana conta que os dois acordavam sempre muito cedo, por conta do fuso horário, e tomavam o café, uma verdadeira viagem pela gastronomia do mundo. Depois, partiam direto para a praia, que já estava limpíssima (todos os dias bem de manhãzinha eles varrem tudo). Daí, você encontra aquele cenário dos sonhos, areia branquinha, mar transparente, céu azul e muitas atividades para se entreter. É o paraíso!.
Os dois ficavam ali, tomando uns drinques e degustando uma infinidade de iguarias disponíveis, como sanduíches, pizzas, saladas, entre outras. Quem quiser mais do que praia, sol e água fresca pode, por exemplo, andar de caiaque, jet ski, entre outros. Não existe nenhuma possibilidade de sentir tédio. Além de todas as atividades disponíveis, os funcionários do resort, de todas as partes do mundo, que ficam ali mesmo hospedados numa ilhazinha à parte, são extremamente gentis, é só piscar e já estão na sua frente para realizar o seu desejo.
Segundo Juliana, cada dia é uma atração diferente nos restaurantes do hotel, como jantares indianos, tailandeses, italianos, entre outros. Além disso, quem quiser pode comprar alguns mimos especiais. Um dia nós reservamos um jantar em um restaurante do resort que fica embaixo do mar (não são todos no arquipélago das Maldivas que oferecem essa opção). É como se você estivesse em um aquário, é simplesmente maravilhoso. Você não sabe se janta ou se olha o cenário deslumbrante de peixes de todos os tipos e cores.
Caso queira, também é possível armar um jantar em um canto isolado da praia. Meu marido reservou esse mimo para nós. A gente escolhe o cardápio, eles disponibilizam um garçom exclusivo e montam um cenário inesquecível, com caminho de velas e uma mesa muito charmosa. Mas todas essas atrações são pagas à parte. A gente achou que vale cada centavo gasto.
Ficar no bangalô, cercado por todos os lados pelo mar, segundo Juliana, é uma experiência única. Imagine, todos os dias assistir o nascer ou pôr do sol e poder sair do bangalô e dar um mergulho naquela água transparente, é só pular, nadar e quando estiver cansado subir a escadinha para voltar, tomar um drinque, comer uma variedade de coisas deliciosas e tirar muitas, muitas fotos, maravilhosas. É, sem dúvida uma experiência única, que vale muito a pena.
Outro casal que escolheu as Maldivas para passar lua de mel foi a ginecologista e obstetra Roberta Fonseca de Souza Meirelles e o cirurgião vascular Roberto Couto Meirelles Filho. Eles partiram de Vitória e fizeram duas conexões, uma delas em Dubai, onde na volta ficaram alguns dias.
Nas Maldivas, eles escolheram o Anantara Veli para viver momentos inesquecíveis após o casamento. Optaram por meia pensão, com direito a café da manhã e uma refeição. Descemos em Malé, a capital, e pegamos um barco até o resort. Nós ficamos hospedados no bangalô, que tem uma proposta muito boa, porque você descansa e o mar bate na sua porta, é só mergulhar e quando cansar subir a escadinha de volta.
A rotina dos dois começava com o café da manhã, que ia até mais tarde, então eles não precisavam acordar muito cedo. Depois iam para a praia, faziam um lanche à tarde e à noite escolhiam um dos restaurantes para jantar. O Anantara Veli recebe, praticamente, casais em lua de mel, mas a gente podia, se quisesse, visitar o Anantara Dhigu, cujo acesso se dá por uma balsa e recebe famílias com crianças. Lá andamos de bicicleta e nos aventuramos no parasailing, onde a gente fica conectado a um pára-quedas. Dá um medo, mas a paisagem que se vê é maravilhosa.
Os dois garantem que é uma viagem inesquecível. Vale super a pena, após o casamento, que é um momento muito intenso, porque as Maldivas oferecem a tranquilidade necessária para recarregar as energias. A gente andou de caiaque, ficou na praia, curtiu o bangalô, a piscina de borda infinita e os restaurantes. Foram cinco dias cheios de emoção. E na volta paramos em Dubai, pra curtir dias mais agitados. Vale a pena aproveitar essa conexão para conhecer o local.
Para o economista e editor do site Melhores Destinos, Leonardo Cassol, as Maldivas atraem casais em lua de mel porque oferece um cenário perfeito, ilhas desertas e pouco habitadas, praias vazias, privacidade e, literalmente, o mar invadindo seu quarto. Ele esteve lá duas vezes, sempre acompanhado. É um lugar de emoções inesquecíveis que devem ser vividas sempre a dois.
Ele ressalta que basta de cinco a sete dias para viver essa experiência única. Mais do que isso, você pode ir à falência, diz, brincando. E explica: Não é um destino barato, mas não quer dizer que uma pessoa com menos dinheiro tenha que desistir de seu sonho. É tudo uma questão de planejamento. Tem acomodações para todos os bolsos, de US$ 300 a US$ 5 mil, depende do grau de exclusividade e do nível de serviços.
Leonardo dá uma dica: para começar, escolha um resort próximo da capital, que dê para ir de lancha. O hidroavião, claro, oferece um visual lindíssimo, mais amplo do arquipélago, mas pode custar cerca de US$ 500 a mais no bolso. A primeira vez, ele se hospedou no Velassaru e foi de lancha de Malé, a capital das Maldivas, até o resort.
Voltaria muitas vezes, o Velassaru oferece unidades de luxo sobre a água com vista panorâmica para o mar. Não dá nem vontade de sair, só queria ficar na hidromassagem assistindo o pôr do sol e depois de apenas uns passos cair naquele mar transparente. Mas em um lugar paradisíaco desses, é sempre bom estar acompanhado, por isso as Maldivas estão entre os destinos mais procurados por casais em lua de mel. Lá, o romantismo está impregnado em todos os lugares.
E depois, quem não quiser lagartear na praia o tempo todo, pode aproveitar os esportes aquáticos e de aventura disponíveis, assim como os passeios de barco ao pôr do sol ou acompanhar a tripulação pescar, fazer aulas de yoga, tratamentos de spa em gazebos sobre a água, mergulho, entre outros. O Velassaru tem algumas vantagens, fica próximo do aeroporto, apenas 15 minutos de lancha, tem um bom custo-benefício e oferece refeições por preços justos, não tão inflacionado como outros, e o atendimento é excelente, de altíssimo nível.
Já a segunda vez que foi, Leonardo ficou no Kandima, um pouco mais caro e luxuoso, fica no Atol de Dhaalu. Nós não fomos de hidroavião, senão teríamos que pagar US$ 200, então optamos pelo avião, saindo de Malé, até uma ilha próxima (algumas têm aeroporto), foram 40 minutos de um voo maravilhoso, com um cenário de tirar o fôlego, e depois embarcamos em uma lancha por mais 15 minutos até chegar ao resort.
Leonardo ressalta que o local oferece um visual de tirar o fôlego, serviço de primeira e bangalôs impecáveis. Imagine ficar em um balanço com vista para esse cenário deslumbrante, andar de bicicleta para conhecer as praias da ilha, todas exclusivas, e passar o dia no bar dentro da piscina de borda infinita. E isso tudo voltado para um mar de águas tão transparente que é até difícil de acreditar. É ou não o paraíso para qualquer casal?
Segundo ele, o destino, embora caro, é acessível a todos. Quem quiser, por exemplo, pode ficar nas pousadas que ficam nas ilhas habitadas pela população local, reduzindo consideravelmente os custos a diária varia de US$ 50 a US$ 100. Uma refeição em um restaurante sai por US$ 10. Outra opção, para quem não pode ficar em um resort numa ilha exclusiva, é comprar o day use, que permite passar o dia no local, utilizando parte de sua infraestrutura, que custa em torno de US$ 100.
A passagem aérea, saindo do Brasil, explica Leonardo, não é o mais caro. Pesquisando é possível encontrar bons preços a partir de R$ 3,2 mil. A hospedagem, sim, dependendo da escolha, pode ter um custo alto. Nós gastamos R$ 13 mil (o casal) só de hospedagem. Isso sem contar os extras, mesmo quem fecha um pacote all inclusive vai ter que colocar a mão no bolso para poder usufruir de alguns mimos que não fazem parte do programa pré-estabelecido, mas que são impossíveis resistir.
Enfim, Leonardo faz questão de ressaltar que as Maldivas merecem fazer parte de qualquer roteiro de namorados ou casais em lua de mel. As fotos que vocês estão vendo aqui na matéria são fidedignas à realidade. Acredite, você só vai precisar do filtro solar para produzir os belíssimos cenários, esqueça os filtros de Instagram.
A agente de viagens Lucilia Maria de Assis Soares, da Clipper Turismo, explica que esses destinos de ilhas paradisíacas, como um todo, sempre estão nas listas dos casais em lua de mel. Eles procuram esses lugares para viver uma experiência única, romântica, em uma região de mar muito transparente, areia branca, de céu muito azul, e que oferecem privacidade em acomodações que inspiram esse momento tão importante na vida dos recém-casados. Isso sem falar nos serviços de excelência que esses resorts disponibilizam e na cultura diferenciada. Ali serão só os dois e um paraíso à disposição, o que, aliás, é uma opção excelente para esse momento pós-pandemia, quando as pessoas estão buscando destinos que não tenham aglomeração.
Lucília, explica, que quando um casal procura a agência de viagens para realizar esse sonho, depois de tudo planejado, ela liga para o resort para ver o que é possível disponibilizar para deixá-lo mais personalizado. Por exemplo, o que podemos acrescentar nas boas-vindas do casal quando eles chegarem na acomodação. Isso é muito importante, afinal estamos falando de um momento especial na vida de qualquer pessoa: o casamento.
Ela ressalta que cabe ao agente de viagens dar todas as informações do destino, qual a melhor época para se viajar (nessas ilhas normalmente têm períodos de chuvas, no caso das Maldivas vai de maio a outubro), quais as documentações necessárias, o que o casal terá ou não direito dentro do pacote, entre outras coisas. Tudo precisa ficar acertado para que não ocorra nenhuma intercorrência, o que nós queremos sempre é proporcionar uma viagem inesquecível. E acrescenta: Sempre é possível achar um pacote do tamanho das possibilidades do passageiro. Não é preciso desistir desse sonho.
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