No primeiro trimestre deste ano, o Espírito Santo só ficou atrás do Distrito Federal no ranking dos estados com pior desempenho nas atividades ligadas ao turismo, de acordo com boletim do governo do Estado divulgado à imprensa na tarde desta quinta (4). O documento, elaborado em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), ainda revela queda de volume de demanda de 12,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior retração que já é consequência da crise do novo coronavírus no Brasil.
O coordenador de Economia do IJSN, Antônio Ricardo Rocha, que apresentou o ranking, ainda completou que o volume da atividade turística no Espírito Santo apresentou queda em todas as bases de comparação do boletim. A receita também teve queda em todas as comparações, exceto no acumulado de quatro trimestres, completa.
O boletim só leva em consideração dados colhidos entre o primeiro dia de janeiro e o último de março. Portanto, a próxima edição do estudo deve detalhar ainda mais as perdas que o turismo sofre com a Covid-19 no Estado.
A recuperação do setor, em contrapartida, pode estar próxima, conforme prevê Uliana. O secretário, como já adiantou ao Divirta-se, é um dos representantes do turismo que tomou frente para participar da construção de diretrizes que vão guiar um selo de qualidade que será distribuído pelo Ministério do Turismo. A expectativa é que o Espírito Santo já abrigue eventos e volte a ter turistas circulando no segundo semestre deste ano, mesmo período em que a essa ação deve começar a valer.
Uliana elenca o Festival de Inverno de Guaçuí, o Festival de Camarão e a Maratona Internacional da Região de Pedra Azul como três exemplos de datas no calendário que estão passíveis de acontecerem ainda em 2020.
Catorze protocolos estruturados e validados pela Anvisa já estão prontos. Nós tínhamos a expectativa de qu,e no início desta semana, eles tivessem sido publicados, mas isso não aconteceu ainda. (Isso deve acontecer) no máximo até segunda-feira. Aí faremos mais esse esforço de levar ao empreendedor medidas seguras que devem ser seguidas, fala.
Durante o anúncio do boletim, também participou de coletiva virtual o coordenador-geral de Produtos Turísticos do Ministério do Turismo, Cristiano Borges, que reiterou a implementação do selo nos Estados brasileiros. Temos trabalhado junto dos Estados na questão do selo, que o secretário já mencionou, e percebemos junto dessa ação algumas tendências que os turistas devem manifestar nesse momento de retomada das atividades, corrobora.
De acordo com Borges, quando decidirem voltar a viajar, os turistas do pós-pandemia vão se ater com mais cuidado a alguns detalhes da viagem, como especificidades ligadas à limpeza de cada local e garantias do passeio. A retomada deve ser lenta e gradual. Neste primeiro momento, esperamos que haja viagens mais curtas, de até 300 quilômetros, afirma.
O coordenador-geral também enxerga que o período de isolamento mostrou a importância de os estabelecimentos turísticos estarem bem relacionados com o ambiente digital: A digitalização dos serviços é outra tendência e o serviço turístico foi muito afetado nesse sentido. Quem não se digitalizou viu que isso afeta muito e investiu nesse aspecto.
Durante a coletiva desta quinta (4), Uliana apresentou outros números que mostram o impacto que a crise do coronavírus gera no Estado.
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