As fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo nessa quarta-feira (31) deixaram prejuízos também para o agronegócio do Estado. Em São Domingos do Norte, o temporal afetou diversas plantações. Segundo a Defesa Civil, alguns produtores perderam toda safra de café conilon faltando menos de um mês para o início da colheita.
O temporal atingiu o município durante a noite. Segundo os moradores, foram alguns minutos com vento muito forte e queda de granizo. Na tarde desta quinta-feira (1º) ainda era possível encontrar muitas pedras granizo nas plantações do interior do município.
A equipe da Defesa Civil passou a manhã percorrendo as propriedades que foram afetadas. Segundo o órgão, pelo menos dez produtores rurais foram prejudicados pela chuva.
Esses produtores afetados ainda calculam os prejuízos com a chuva, mas alguns deles tiveram toda a lavoura destruída e vão precisar de começar novamente o trabalho. A prefeitura estima que até 80% das lavouras de café foram danificadas, e que a safra para 2021 pode ser próxima de zero. O café conilon é importante para a economia do município e tinha colheita prevista para os próximos dias.
Em um vídeo gravado pela Defesa Civil, o produtor Norberto Matusaqui relatou que foi uma chuva rápida que deixou todo o estrago. “Em cinco minutos nós perdemos tudo. Vou ter que gastar aqui dois anos só para recuperar os pés de café para conseguir colher neles de novo”, contou o produtor.
Junto com a equipe da Defesa Civil, a prefeita Ana Izabel Malacarne de Oliveira (DEM) percorreu as propriedades afetadas. Ela disse que solicitou apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e vai apoiar os produtores afetados. O município destacou ainda que vai se reunir com o Governo do Estado para buscar apoio para as famílias atingidas.
Em 2011, São Domingos do Norte foi palco de uma situação parecida. No mês de novembro, alguns produtores tiveram prejuízo com uma forte chuva que atingiu o município. Na ocasião, pelo menos três agricultores foram afetados. De acordo com a Defesa Civil, a situação foi mais grave agora em 2021.
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