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Conheça os famosos que investem no agronegócio do Espírito Santo

Conheça os famosos que investem no agronegócio do Espírito Santo

Cineasta, ator da Globo e ex-participante de reality show têm negócios voltados para o campo. Eles explicam o que os motivaram a produzir no Estado

Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 08:00- Atualizado Data inválida

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Cafeicultura em Afonso Cláudio na Região Serrana do Estado
Cineatra Pedro Zoca no Sítio Condurú, onde produz cafés especiais. (Instagram/@amorcafeoficial)

A produção agropecuária do Espírito Santo desperta o interesse de muitas pessoas, tanto pela qualidade do solo, quanto pelo valor do produto final. Desde a produção de café especial até atividades ligadas à pecuária bovina, até mesmo famosos encontram motivos para investir por aqui e contam o porquê de a terra capixaba ser tão especial para eles. 

Há cerca de cinco anos o cineasta Pedro Zoca veio a Vitória para realizar um projeto. Seus planos eram ficar por pouco tempo na Capital e depois voltar para o Rio de Janeiro, onde morava. Porém, no meio do caminho, depois de conhecer o potencial do interior do Espírito Santo, mudou de ideia.

Hoje ele tem um sítio que produz café especial e é sócio de uma torrefação, ambos localizados em Afonso Cláudio, na Região Serrana do Estado. Zoca, que co-dirigiu filmes como Olhar de Nise (2016) e Perdão, mister fiel (2009), conta que quando conheceu o interior do Espírito Santo se encantou e não quis mais ir embora.

Também é sócio no negócio o amigo e ator Rafael Cardoso, da TV Globo, que já atuou em várias novelas da emissora, como as recentes como Salve-se Quem Puder (2020) e O Outro Lado do Paraíso (2017), além de ter sido um dos protagonistas no sucesso A Vida da Gente (2011).

Cafeicultura em Afonso Cláudio na Região Serrana do Estado
Ator Rafael Cardoso no Sítio Condurú, onde ele é sócio de uma torrefação no Estado junto com o amigo Pedro Zoca. (Instagram/@amorcafeoficial)
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Quando comprei o sítio liguei para o Rafael, que é meu amigo há anos, para contar a novidade. Naquela época, ele também tinha comprado uma propriedade, mas no Rio de Janeiro. Já tínhamos feito um filme e continuamos nossa parceria. Contei a ele dos planos e ele gostou

Pedro Zoca
cineasta
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Florada do café em Afonso Cláudio, Região Serrana do Estado(Instagram/@amorcafeoficial)

Zoca comenta ainda que a propriedade que adquiriu já tinha plantio de café arábica, mas que a ideia inicial era de outro tipo de cultura.

"Eu queria uma propriedade que fosse alta para investir no cultivo de oliveiras, que estava em alta naquele momento. A intenção era derrubar o cafezal e substituir pelo plantio de oliveiras. Na época, o café não me enchia os olhos. Eu depreciava o que tinha no terreno quando eu fechei negócio".

Porém, a visão dele mudou e muito. Depois de conversar com um técnico para fazer a implantação das oliveiras, recebeu a recomendação de manter o cultivo do café. A explicação dada pelo profissional do campo era que o café de qualidade fica ainda melhor se plantado em altitude acima de 900 metros.

A plantação de Zoca fica 1.080 metros acima do nível do mar, e o produto cultivado no Espírito Santo já era reconhecido no país. O especialista disse ainda que aquele não era o clima ideal para o cultivo de oliveiras, que ainda estava em fase de estudos no Estado.

Cafeicultura em Afonso Cláudio na Região Serrana do Estado
Cúpula geodésica em meio ao plantio de café em Afonso Cláudio, na Região Serrana do Estado. (Instagram/@pedrozoca)

"A partir daquele momento fomos ver o que era o café especial. Descobri que ele estava no ápice na onda da revolução do café. Eu gostava de café, mas não tinha interesse no plantio. O corretor já havia dito que os grãos produzidos ali eram de primeira qualidade, mas eu não tinha acreditado. Veio então a ideia de continuar com o plantio e montar a torrefação em uma cúpula geodésica", explica.

A propriedade tem uma área de 7,5 hectares, sendo que cerca de 4 hectares são destinados à cafeicultura. Desde que comprou o sitio, Zoca cortou o uso de agrotóxico e fertilização química, buscando conseguir a certificação orgânica. Agora, ele está fazendo a transição para a agricultura sintrópica, que é um sistema de cultivo agroflorestal baseado na integração de diferentes culturas.

Na torrefação que fica no Sítio Condurú, em Afonso Cláudio, são produzidas as marcas de café de Zoca e Rafael. A Amor de Café e Café Zoca foram lançadas em julho de 2019 e a comercialização é feita em alguns pontos de venda na Grande Vitória e pelo site da empresa.

DA FAZENDA DA FAMÍLIA PARA A MESA DO CAPIXABA

Outra famosa que investe no agronegócio do Estado é a cantora e empresária Aeileen Varejão, ex-participante do reality show Mulheres Ricas, da Band.

Ela é capixaba e tem uma casa de carnes em Vitória. A família produz gado nelore para corte e também tem um haras em Guarapari. Aeileen conta que ela faz parte da terceira geração envolvida com a pecuária bovina.

Aeileen Varejão, ex-mulheres ricas, montando a cavalo
Aeileen Varejão, que participou do Mulheres Ricas, montando a cavalo no haras da família. (Instagram/@aeileen)
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Nossa historia é aqui no Espírito Santo, onde nascemos e crescemos. Somos a terceira geração da família mexendo com carne. Estamos dando continuidade e aprimoramento a esse trabalho, além de agregar toda a nossa história, que trazemos desde o bisavô. Não tinha como fugir do Estado e investir em outro lugar. Aqui é a nossa terra. Amamos o Espírito Santo

Aeileen Varejão
Empresária e cantora
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A ex-participante do reality conta que em 2016 virou sócia do irmão em uma casa de carnes em Vitória que tinha sido inaugurada dois anos antes. O Meatpack Vitória, localizado na Praia do Canto, trabalha com carnes vindas da propriedade da família.

"Produzirmos a carne que vendemos é importante para o nosso negócio porque confiamos na cadeia da carne e sabemos como fazer o processo da melhor forma. Além da carne produzida pela família, ainda comercializamos a de outros frigoríficos, vindos de outros Estados, com outros tipos de animais, como carneiro, frango e porco", comenta.

Além da casa de carnes e de cuidar da fazenda junto com a família, a capixaba ainda participa de rodeios desde pequena, montando em cavalos. "Nossa principal atividade familiar é a pecuária e a equinocultura, com foco em gado de corte", aponta.

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