Cerca de 15 mulheres entre produtoras rurais e alunas do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Itapina, distrito de Colatina, no Noroeste do ES, participam do curso de operação e manutenção de tratores agrícolas. Cada vez mais em posições de liderança em propriedades rurais, a busca pelo conhecimento serve como forma de ampliar as possibilidades de rentabilidade nas funções
Este é o caso da produtora Kleidiana Peter Verdin, que ao assumir novos postos na fazenda em que mora decidiu por conta própria traçar novas metas relacionadas ao aprendizado no campo.
"Agora eu estou indo molhar o café, encher o poço, não estou dando conta, meu cunhado me auxiliou. Sempre de uma a três vezes por semana precisamos olhar os pinos. [...] Ainda estou precisando fazer a poda, não sei ainda, mas pretendo aprender. Tudo eu que estou fazendo", contou Kleidiana
O curso foi oferecido pela Secretaria de Estado da Agricultura, com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar) e o Ifes de Itapina, de forma gratuita.
A procura foi tão grande que a segunda turma do curso já tem fila de espera de ao todo 20 outras mulheres, que também pretendem aprender a dominar as máquinas agrícolas.
"As mulheres têm carência de atividades nesta área e esse curso capacita as mulheres. Mulher pode ser tratorista, mas pra isso tem que ter um curso com um instrutor capacitado. Com isso, ela poderá assumir uma roça ou desenvolver a atividade que achar necessária, ao fazer o curso. Além de operação, o curso é de manutenção de máquinas agrícolas", disse
As aulas práticas são nas estradas, mas as alunas saem preparadas para dirigir tratores em quaisquer propriedades, sendo mais uma oportunidade de emprego para mulheres do campo.
Natalia Fienni se formou há pouco tempo como engenheira agrônoma e pretende utilizar o conhecimento adquirido no curso sobre máquinas agrícolas até mesmo para ensinar outras pessoas.
"Acho esse curso primordial, até mesmo como complemento à minha profissão. Para trabalhar no campo, precisa saber fazer de tudo um pouco - e passar também para os clientes. Saber, até mesmo, ensinar, caso precise", disse a engenheira agrônoma Natalia Fienni.
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