O Espírito Santo tem apostado em ferramentas virtuais para ajudar produtores de todas as regiões na venda de produtos e na resolução de problemas enfrentados nas lavouras. As novidades tecnológicas foram apresentadas durante o painel "Assistência técnica digital no campo", na manhã desta sexta-feira (18), no segundo dia do TecnoAgro 2023, que ocorre em Linhares, Norte do Espírito Santo. Conheça abaixo as ferramentas:
"Há mais de dez anos presente na vida dos produtores da agroindústria, não tinha um cadastro, nem uma base de dados sobre as pessoas atendidas. Havia um diagnóstico feito pelo Incaper a cada dois anos. Em um projeto de pesquisa, fizemos essa proposta de um sistema para cadastrar a agroindústria e para os produtores enviarem dúvidas a colegas da Seag e outros órgãos. Criamos para possibilitar o acesso a esses serviços", contextualizou.
Até esta sexta-feira (18), a plataforma já contava com 183 cadastrados. Nela, é possível acessar bibliotecas com materiais da agroindústria, abrir chamados em busca de ajuda, além de receber convites para palestras e eventos.
"Nosso objetivo era o de desenvolver uma metodologia para o incentivo da venda direta dos produtos da agricultura familiar, através de uma plataforma digital facilitadora dos negócios. A partir da ferramenta, podemos conhecer a origem, qualidade e sanidade do produto, negociar, reduzir ou eliminar os intermediários", afirmou o mestre em Extensão Rural e Extensionista do Incaper, Luiz Bricalli.
"A gente não podia visitar o produtor. Tivemos que manter o contato com ele, buscamos saber se ele tinha internet. Tivemos que nos reinventar, porque o produtor teve que usar os recursos que tinha. Não vamos jogar a tecnologia na comunidade e impor que ela se adapte. Vamos avaliar comunidade a comunidade, cada caso", ressalta.
João Batista acrescenta que o digital chegou devido à pandemia. "Conseguimos mandar recado. Quem tinha telefone na comunidade trabalhava pelo coletivo. Fizemos cursos remotos e quem definia o tema era o produtor."
Com o atendimento virtual pelas redes sociais da Caparaó Jr., além das palestras e cursos remotos, a empresa júnior coletava dados que a ajudavam a melhorar o modo de alcançar os produtores sem o contato presencial.
Para o diretor técnico do Incaper, Antônio Elias Souza da Silva, a tecnologia chegou e é fundamental que ela seja somada ao trabalho humano para impulsionar a assistência rural. "Já existem experiências com WhatsApp, uma série de ferramentas para estabelecer algumas atividades", pontua, acrescentando que o profissional é muito importante. "A tecnologia jamais vai substituir, vai agilizar e colocar a assistência rural em um mundo mais contemporâneo", finaliza.
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