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‘Inovar no campo é essencial’, diz coordenador do Ministério do Desenvolvimento Agrário

‘Inovar no campo é essencial’, diz coordenador do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Responsável pelo painel "Inovações em máquinas agrícolas para pequenos produtores rurais", Zaré Augusto Soares apresentou ferramentas para a ampliação da produtividade

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 16:31

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Zaré Augusto, coordenador-geral de Pesquisa, Inovação e Patrimônio Genético do Ministério do Desenvolvimento Agrário
Zaré Augusto, coordenador-geral de Pesquisa, Inovação e Patrimônio Genético do Ministério do Desenvolvimento Agrário. (Ricardo Medeiros)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Inovação tem sido a palavra de ordem do TecnoAgro 2024. No segundo dia do evento, iniciado na quarta-feira (28) e com as atividades finais nesta quinta (29), a programação promovida pela Rede Gazeta convidou Zaré Augusto Soares, coordenador-geral de Pesquisa, Inovação e Patrimônio Genético do Ministério do Desenvolvimento Agrário para um bate-papo sobre inovações em máquinas agrícolas para pequenos produtores rurais.

No Espírito Santo, mais de 75% das propriedades do campo são tocadas pela agricultura familiar. Segundo Zaré, elas têm especificidades que as tornam diferentes e, infelizmente, mais frágeis quando comparadas com grandes empresas.

“Inovar no campo é essencial. O caminho é fortalecer a produtividade e o pano de fundo dessa política é a reindustrialização do país, conectando o aumento da produção industrial brasileira com a melhoria das condições de segurança e soberania alimentar, que dependem do trabalho dos agricultores familiares”, pontuou.

Para melhorias na produção e mais assertividade nos ganhos, Zaré apresentou ao público o programa ‘Mais Alimentos’, um conjunto de políticas públicas voltadas para tais propriedades de menor porte que, no Estado, são responsáveis por culturas de leite, arroz, feijão, frutas e hortaliças.

“No âmbito nacional, são cinco milhões de estabelecimentos rurais, sendo que 76,8% são de agricultura familiar. O cenário é parecido no Espírito Santo. Apesar da abundância de produções dessa natureza, a maioria dos hectares de terra são de grandes corporações”, disse Zaré.

Ele acrescenta que o tamanho das propriedades impacta diretamente na produtividade do trabalho, principalmente devido à dificuldade de acesso a essas tecnologias. "Quando ampliamos o acesso a máquinas, conseguimos melhorar a produtividade, aumentar a produção de alimentos e reduzir a penosidade”, pontuou o coordenador.

O Mais Alimentos

O programa apresentado por Zaré no TecnoAgro tem objetivos voltados para aprimoramento e estruturação de estratégias de oferta de financiamento para máquinas, equipamentos e implementos do campo.

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O trabalho no campo, especialmente para o agricultor que não tem acesso a máquinas, é muito árduo. Ampliando o acesso, garantimos que mesmo agricultores mais velhos permaneçam no campo e aumentamos a probabilidade de que os jovens também se interessem em continuar na agricultura

Zaré Augusto
Coordenador-geral de Pesquisa, Inovação e Patrimônio Genético do Ministério do Desenvolvimento Agrário
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Com programas como o ‘Mais Alimentos’, resultados já são vistos com uma agricultura familiar mais produtiva e eficiente, resultando em mais alimentos na mesa dos brasileiros, com preços mais acessíveis.

Além das facilitações financeiras, os contemplados contam com serviços de assistência técnica e extensão rural, com atividades práticas sustentáveis para o uso adequado dos maquinários.

“No escopo do programa, recentemente, foi lançada uma nova linha de financiamento com juros mais baixos e prazos mais longos, facilitando o acesso dos agricultores às máquinas. Além disso, estamos investindo no desenvolvimento tecnológico de máquinas que ainda não existem no país, para reduzir seus custos. O programa Mais Alimentos foi relançado recentemente, após ter sido extinto, e já está operando no Espírito Santo desde junho deste ano, com uma linha nova criada no Plano Safra 2024/2025”, destacou.

Segundo Zaré, para ampliação do programa, o governo discute constantemente com empresas privadas em busca de inovações tecnológicas e científicas visando ao fortalecimento e capacitação dos “pequenos gigantes produtores do campo”.

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