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‘Inteligência artificial deve ser democratizada nos campos’, dizem especialistas

‘Inteligência artificial deve ser democratizada nos campos’, dizem especialistas

Abrindo as palestras do segundo dia do TecnoAgro, nesta quinta-feira (29), especialistas da tecnologia e do campo compartilharam os caminhos para o desenvolvimento da IA e para melhoria da produtividade nos campos do ES

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 12:47

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Painel: Inteligência artificial no agro;
Painel: Inteligência artificial no agro;. (Ricardo Medeiros)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Um dos assuntos em evolução e mais comentados dos últimos tempos, a inteligência artificial (IA) também marca presença no campo capixaba. No TecnoAgro 2024, as tendências da tecnologia foram comentadas no painel que abriu o segundo dia de programação do evento, nesta quinta-feira (29), na Serra.

Na roda de conversa comandada pela jornalista Fabíola de Paula, os especialistas convidados comentaram sobre boas práticas com o uso da IA nos campos, democratização da tecnologia e adaptação de equipamentos para maior assertividade e produtividade nas culturas.

“[Com a IA] A gente tem pilares que são voltados para aumentar em 50% a produtividade de alimentos, democratizar a tecnologia para que mais produtores tenham acesso a ela e também para a recuperação do ambiente de produção”, pontuou André Koji Fukugauti, gerente de inovação aberta da Bayer.

Segundo André, a IA pode ser um pilar de mudança de pensamento crítico para a sociedade sobre o agronegócio.

“Hoje a sociedade tem um visão muito distorcida do agro, isso só vai mudar quando a cadeia de produção tiver a transparência de mostrar a eficiência de uma produção responsável e com boas práticas. A inteligência artificial pode colaborar trazendo escalabilidade e uma reunião mais fiel de dados da cadeia produtiva”, complementou.

Do pequeno ao grande

De acordo com o professor Samuel de Assis, do Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o motor para a eficiência da inteligência artificial está nas startups e não apenas em grandes polos produtores.

“Grandes corporações costumam focar em mercados amplos e desenvolvem tecnologias que atendem a uma gama geral de necessidades. Em contraste, startups podem se especializar em soluções mais específicas para nichos menores, como culturas que podem não ser lucrativas para grandes empresas, mas são viáveis para elas”, destacou Assis.

Além disso, segundo o professor, a disseminação ampla da tecnologia reduz os custos de adesão, facilitando o acesso para pequenos e médios produtores, além dos grandes agricultores. Com uma tecnologia menos concentrada em grandes corporações, é possível democratizar o acesso e oferecer soluções mais direcionadas e eficientes para diversos setores do agronegócio.

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Trabalhamos uma agricultura hoje baseada em dados [de produtividade]. A tecnologia avança muito rápido, e a IA nos auxilia muito para trabalhar com isso, evitando excessos e déficits, atuando apenas com a verdadeira necessidade de cada ponto

Samuel de Assis
Professor do Departamento de Engenharia Rural da UFES
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O TecnoAgro

Iniciado na quarta-feira (28), o TecnoAgro conta com mais de 20 horas de programação, entre palestras e paineis, com o tema central “Agro Inteligente”. O evento tem a proposta de ser o espaço ideal para explorar e discutir avanços que contribuam com a produtividade e a sustentabilidade no campo.

No evento, os visitantes podem degustar chocolates e derivados, embutidos, queijos, cafés especiais e licores de produtores capixabas. Essa edição conta ainda com apresentação de artistas capixabas. Confira a programação completa do evento clicando aqui.

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