Empresários capixabas desenvolveram uma startup de comercialização de café, em que a moeda é o produto e não o dinheiro. O processo estruturado de comercialização de grãos é proveniente do barter, que é uma modalidade comercial mais conhecida como permuta, troca ou escambo. A plataforma digital conecta toda a cadeia de produção a venda do café.
Imagine a seguinte situação: um produtor de café que precisa produzir, mas está descapitalizado. Ele tem duas opções, pegar um empréstimo ou negociar com uma loja parte da colheita como moeda de troca pelo que precisa.
Por meio da plataforma digital chamada Conta Café, o produtor pode entrar em contato com uma loja de insumos à agricultura e negociar on-line a troca de parte da produção pelo adubo e equipamento de irrigação, por exemplo.
O site de e-commerce que faz essa conexão é mediado pela startup Conta Café. Ele cobre todo o processo de gestão da compra e da venda originado nas transações de barter. Inicialmente, as operações estão sendo feitas com o café conilon, mas o grupo tem como meta comercializar também grãos de arábica.
O Conta Café é um marketplace onde os lojistas e compradores se encontram e fazem bons negócios, gerando valor para as duas pontas. Criamos um ambiente onde todos os envolvidos, com total segurança, podem comercializar o café de barter. Ele atualiza e divulga preços diariamente, recebe ofertas de venda de café e os negocia, aumentando, claro, a possibilidade de novos negócios, afirma o empresário do ramo do café e sócio da startup Eduardo Bortolini.
Foram cerca de seis meses operando de forma experimental (MVP) com lojistas capixabas como Safra Agronegócios, Linhagro Linhares Agronegócio e Litho Plant Indústria e Comércio de Fertilizantes. Neste período, de acordo com a empresa, foram comercializadas, dentro da plataforma, 22 mil sacas de café, pelo valor aproximado de R$ 8 milhões.
Para o sócio-diretor da Safra Agronegócios, Eric Garcia, o uso do Conta Café aumentou em cinco vezes o número de transações, ele também organizou o processo de gestão e as operações provenientes do barter. De acordo com Eric, esse volume de operações proporcionou um crescimento de 15% no faturamento total da empresa.
Eduardo Bortolini aponta que após validarem o Conta Café e concluir que ele consegue, de forma rápida, simples e responsável comercializar o café de barter, a startup decidiu abrindo a oportunidade para mais lojistas e compradores de todo o Brasil. É importante que os produtores interessados nesta modalidade de negócio procurem as revendas próximas para que possam, com bons preços e segurança, operar com o barter, reforça
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