A safra de café 2023/24 no Brasil se mostra resiliente mesmo diante dos desafios impostos pelas condições climáticas adversas que impactaram as lavouras no Espírito Santo. O longo período de seca prejudicou as floradas, restringindo o pleno potencial de produção do Estado nesta temporada. Apesar disso, as estimativas do 4º Visão Agro, publicação do Itaú BBA que abrange o ecossistema do agronegócio, indicam que a produção brasileira de café vai superar a do ano anterior.
Para o café arábica, principal variedade cultivada no país, as projeções apontam para uma produção estimada em 44,7 milhões de sacas, representando um aumento notável de 12,3% em relação ao ano anterior, que registrou 39,8 milhões de sacas. Esse aumento é ainda mais significativo quando comparado com os desafios climáticos enfrentados, mostrando a resiliência do setor.
Por outro lado, o café conilon, também conhecido como robusta, não teve a mesma sorte, enfrentando uma queda de 4,8% na produção. A projeção é de que a safra alcance 21,7 milhões de sacas, refletindo os efeitos negativos das condições climáticas desfavoráveis no Espírito Santo após as floradas no ano passado.
A produção brasileira de café desempenhará um papel crucial no cenário mundial, representando 38% da produção global para a safra 2023/24. Esse expressivo aumento na produção brasileira impulsionará o crescimento da produção mundial em 2,5%, superando a evolução esperada para o consumo global, que é de 1,2%.
Essas previsões são fundamentais para os agentes do mercado de café, uma vez que o Brasil é um dos principais produtores e exportadores do grão no mundo. A superação dos desafios climáticos é um sinal positivo para a economia do país e para o setor agrícola, reforçando a importância do agronegócio na sustentação da economia brasileira.
Com as projeções positivas para a safra 2023/24, o Brasil se consolida como um protagonista no mercado mundial de café, trazendo boas perspectivas para os produtores e a indústria do café no país. O monitoramento constante das condições climáticas e o investimento em tecnologia e inovação no setor são essenciais para garantir o crescimento sustentável da produção e a manutenção da competitividade brasileira no mercado global de café.
Com informações do Itaú
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