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Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 19:27
Nos últimos anos, o Espírito Santo tem se destacado na produção de queijos, com alguns conquistando até prêmios. E, agora, os sabores e as características de cada tipo de produto feito em território capixaba serão mapeados em um projeto do governo do Estado.
A pesquisa, que vai identificar os tipos de queijo produzidos e determinar as características de cada um, começa a ser desenvolvida em fevereiro, dentro das iniciativas apoiadas pelo Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento Social e à Inovação Agropecuária (Inovagro).
A caracterização da produção dos queijos artesanais e autorais do Estado — incluindo aqueles feitos a partir de leite cru — é um passo importante para garantir a regularização e a segurança desses produtos, além de preservar as técnicas tradicionais e contribuir para o fortalecimento do mercado local.
O projeto é coordenado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e conta com a parceria da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), por meio do Instituto de Laticínios Cândido Tostes; da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Há regiões capixabas que se destacam mais nessa atividade, inclusive com queijos premiados em concursos nacionais e internacionais. Uma das principais regiões e que têm atraído turistas e consumidores é a Rota do Queijo Artesanal, que promove empreendedores do município de João Neiva, próximo às margens da Rodovia BR-259. As regiões das Montanhas Capixabas e do Caparaó também contam com queijarias tradicionais e premiadas.
Enio Bergoli
Secretário de Estado da Agricultura,“Este projeto, financiado pelo governo do Estado, é um marco para garantir a regularização e segurança dos produtos, preservando as práticas tradicionais e gerando oportunidades para os nossos produtores”, completa o secretário.
Com o desenvolvimento da pesquisa, as entidades envolvidas buscam a melhoria das práticas produtivas e da segurança dos produtos, a redução de perdas para os produtores, uma maior facilidade para a regularização das queijarias e a agregação de valor aos produtos capixabas para ampliar as oportunidades de mercado.
“O estudo é uma demanda antiga dos produtores rurais. A caracterização permitirá a criação de uma legislação para regularizar e reconhecer os queijos capixabas. Os consumidores terão maior segurança ao comprar um produto regularizado”, pontua o coordenador da pesquisa de caracterização dos queijos capixabas, Jackson Fernandes de Freitas.
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