Produtores rurais de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, já contabilizam cerca de 825 animais mortos devido à seca no município. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela Secretaria Municipal de Agricultura. A prefeitura decretou situação de emergência na última terça-feira (18) na região devido à falta de chuva, que já dura cerca de sete meses, desde o mês de março.
A Secretaria de Agricultura de Aracruz acredita que os números podem ser maiores, já que muitos produtores não notificam a pasta quando um animal morre. Desde março, o município tem recebido retroescavadeiras para o enterro dos animais. As mortes de gado ocorrem tanto pela falta de água direta, quanto pela falta de alimento, já que a seca também atingiu os pastos.
O volume de chuva deste ano já é 29,6% menor do que em comparação ao mesmo período no ano passado. Os baixos índices também afetam a produção agrícola. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a produção de café no município deve ter uma perda de 35% de produção em 2023 devido à falta de chuva. Os principais distritos afetados foram Guaraná e Jacupemba.
Um levantamento do município aponta que a perda na cafeicultura é de 35 mil sacas de café conilon – em reais, representa um prejuízo de R$ 28 milhões. Nas pastagens, foram cinco mil hectares atingidos, uma perda de R$ 2,2 milhões. A perda na produção de leite foi de 5, 2 milhões de litros, prejuízo de R$ 20,8 milhões.
“Devido aos grandes danos já contabilizados, o município necessitará de recursos dos Governos do Estado e Federal. Também está autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para ações de resposta ao desastra”, afirma a nota publicada pelo município.
O documento também afirma que há necessidade de respostas rápidas e medidas como a aquisição de insumos alimentares para os animais, abertura de açudes e de covas, para evitar mais prejuízos.
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