> >
Tecnologia não substituirá relações humanas, diz vice-presidente de agtech

Tecnologia não substituirá relações humanas, diz vice-presidente de agtech

Painel durante o TecnoAgro 2022, em Linhares, discutiu o impacto da inovação nas relações da cadeia do agronegócio

Publicado em 9 de junho de 2022 às 19:33

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Presidente nacional da AgroVen, Sílvio Passos, mediou conversa
Presidente nacional da AgroVen, Sílvio Passos, mediou conversa. (Thalisson Bitti)
Eduardo Fachetti
Gerente de Relações Institucionais / [email protected]

Como a inovação está transformando as relações na cadeia do agro? A provocação, que poderia ser só uma pergunta simples, tomou conta do palco principal do TecnoAgro 2022, em Linhares, no final da tarde desta quinta-feira (09). Com participação do presidente da Orbia.ag, Ivan Moreno e do vice-presidente da Raízen (considerada pela Forbes uma das empresas mais inovadoras do Brasil), Fábio Mota, o painel discutiu desafios e mudanças que a tecnologia está produzindo no segmento. Em consonância, os dois palestrantes foram incisivos: as relações humanas não perderão espaço ante aos processos de inovação.

"As relações humanas nunca serão substituídas pela tecnologia. Elas serão melhoradas. Grande parte das pessoas ligadas ao agro brasileiro vêm de uma tradição de família, de algum elo preexistente. Mas quanto mais diversidade, quanto mais pessoas diferentes a gente conseguir envolver nessas conversas e relações, mais a gente vai ter clareza do tamanho das oportunidades", defendeu Mota.

Moreno, por sua vez, destacou o que, em sua visão, é essencial empatia em todo diálogo que envolve inovação no campo. Para o presidente da Orbia.ag, não há como lidar com tecnologia de forma linear, ou seja, investidores, agtechs (startups do agronegócio) e empresas precisam reconhecer que há particularidades no trato com as pessoas. Por isso, segundo ele, é imprescindível um olhar diferenciado para os produtores rurais.

"É extremamente necessário promover as mudanças que vêm da inovação de forma empática. Num processo de comercialização digital, por exemplo, seja quando uma empresa está em estágio avançado de conhecimento, ou até ao propor uma simples solução para o produtor fazer uma cotação de venda via WhatsApp. É preciso ter uma mentalidade inclusiva; não é todo mundo que tem o mesmo nível de informação em tecnologia. É preciso criar oportunidades e conhecimento para todos", pontuou Moreno.

AGROVEN

A conversa entre Fábio Mota e Ivan Moreno foi mediada pelo presidente nacional da AgroVen, Sílvio Passos. A AgroVen é um clube de investidores-anjo para startups do agronegócio que, a partir desta quinta-feira (09) terá um grupo local no Espírito Santo, composto por investidores (empresários, produtores rurais, representantes de grandes indústrias ou varejistas) convidados a se relacionar com startups em busca de soluções inovadoras para desafios ligados aos negócios do campo.

O AgroVen foi fundado em Uberlândia (MG) em 2019, e a Rede Gazeta está viabilizando a vinda do clube de investidores para o Espírito Santo. Os participantes precisam, em comum, ter interesse em investir em agtechs. No AgroVen, eles terão ajuda para fazer suas escolhas de investimentos e torná-los mais efetivos, contando com a análise das melhores empresas para receberem aportes, além de uma metodologia de acompanhamento do desempenho nas startups.

O AgroVen é responsável por mapear e auxiliar na avaliação de empreendedores e suas empresas nascentes, inovadoras e com alto potencial de crescimento e impacto. Os investidores podem ajudar na jornada de crescimento das agtchs, seja ajudando a testar e desenvolver melhor seu produto, seja apresentando potenciais clientes e fornecedores que podem acelerar ainda mais seu crescimento, por isso o slogan “Smart Money for Agtechs”, ou seja, dinheiro com inteligência.

O diferencial do clube de investidores, de acordo com Passos, vai além do aporte financeiro feito às startups. “Uma vez que investimos na empresa, criamos uma ampla estrutura interna, que inclui conexões dentro da cadeia produtiva do agronegócio. Através do clube, o produtor rural poderá encontrar startups que desenvolvam soluções para as demandas da sua propriedade e, assim, ampliar o investimento nessas tecnologias”, explicou.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais