A mão de obra é um dos fatores que medem o dinamismo dos diversos setores da economia, inclusive do agronegócio. E a modernização do campo, com a adoção de novas tecnologias, deve impulsionar ainda mais a geração de novos postos de trabalho para profissionais especializados.
Segundo o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Senai, até 2030, o Brasil deve criar, no agro, 180 mil vagas de emprego por causa da digitalização dos negócios.
Os efeitos dessa onda de contratações já estão sendo sentidos no país e também no Espírito Santo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a agropecuária foi uma das líderes na geração de empregos no Estado capixaba e em todo o território nacional no primeiro semestre de 2023, período de safra de diversas culturas.
No Brasil, entre janeiro e junho, foram mais de 86 mil empregos criados pela agropecuária, sendo maio o mês com melhor resultado, com mais de 19.400 novos postos de trabalho. De acordo com o Caged, os trabalhadores que atuam nas áreas tecnológica e mecanizada foram os segundos no ranking dos profissionais mais contratados no país e no Espírito Santo pelas fazendas.
No Espírito Santo como um todo, o mercado de trabalho está em ritmo acelerado, mas o agro tem se destacado. Das 29.791 vagas criadas pelas mais diversas atividades econômicas no período, 5.293 vieram da agropecuária. “Isso levando em consideração apenas o elo produtivo de dentro das porteiras. Se considerarmos os outros elos do agronegócio, antes e depois da porteira, como insumos, indústria e distribuição, esse número certamente fica ainda maior”, ressalta o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli.
O mês mais aquecido para o emprego no campo foi maio, quando 7 mil contratações foram feitas, entre as 13.500 oportunidades geradas em todos os setores. “O Espírito Santo teve crescimento na geração de empregos em todos os setores. Mas o destaque ficou com a agropecuária. O que explica esse boom, em certa medida, é a cafeicultura, que teve um aumento importante na contratação nesse período”, analisa o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira.
Em junho, com o fim da colheita de algumas culturas, foram mais de 3 mil desligamentos, mas no segundo semestre o trabalho no campo deve voltar a todo vapor. “Avaliando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Jones dos Santos Neves, a expectativa é positiva para agricultura e pecuária. A tendência é seguir em crescimento durante o resto de 2023”, acredita.
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