A qualidade e as características únicas dos cafés cultivados em terras capixabas ganharam destaque no livro “A Revolução do Café Brasileiro – Regiões com Indicação Geográfica”, lançado em Belo Horizonte (MG), durante a Semana Internacional do Café (SIC), realizada de 20 a 22 de novembro. Caparaó, Montanhas do Espírito Santo e Conilon Capixaba estão entre as 14 regiões apresentadas na obra inédita, que traz fotografias e histórias dos locais que atribuem aos grãos reputação e identidade próprias.
O selo de Indicação Geográfica é conferido justamente aos produtos que são característicos do local de origem devido aos recursos naturais disponíveis na região, como solo e clima, e às técnicas de cultivo aplicadas. Sendo assim, as regiões do Espírito Santo se revelam como uma referência no mercado mundial e, por isso, são exaltadas na obra que contempla também os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rondônia.
O editor do livro, Juliano Tarabal, disse à reportagem de A Gazeta que, no Estado capixaba, chamam a atenção a qualidade, o aspecto ambiental e a atividade turística relacionados ao café. “O Caparaó é uma região muito rica em água, em biodiversidade, e também tem capacidade para o turismo. As Montanhas também têm essas qualidades. O que difere as regiões é o clima das montanhas, que é muito ameno”, conta ele.
Já em relação ao Conilon, o editor destaca o uso de tecnologia e a qualidade do café. “É uma alta capacidade de tecnologia empregada. Os dois produtores destacados no livro são conhecidos justamente por produzir o conilon especial. É um novo conilon reconhecido pela qualidade.”
Com fotografias de Marcelo Coelho, o livro exibe a diversidade do produto brasileiro e os atributos que diferenciam as regiões, trazendo informações sobre os cafés e todo o universo cafeeiro, além de evidenciar os dados que comprovam os impactos social e econômico das produções.
Tarabal considera o conteúdo relevante por conta da grande extensão do país e consequente diversidade das regiões. “O nosso objetivo foi exatamente apresentar as características de cada uma dessas regiões para que o público em geral possa conhecer o que cada região tem de melhor para oferecer”
“Nesse capítulo, a gente caracterizou o terroir de cada região. Então, mostramos qual é a altitude, o clima, o tipo de solo, o tipo de relevo e as características sensoriais de cada café. Então, a gente realmente apresenta essa diversidade do Brasil através de cada região.”
A obra também valoriza o trabalho dos cafeicultores e a transformação sofrida pela cadeia cafeeira, que agrega cada vez mais inovação ao cultivo e busca ser responsável com o meio ambiente.
Para Tarabal, no Espírito Santo a questão da sustentabilidade é muito perceptível devido às políticas públicas que incentivam ações mais conscientes. “Há uma estratégia para apoiar os produtores. A gente percebe que essa consciência hoje é muito grande e faz parte também do próprio processo de produção de cada uma dessas indicações geográficas”, afirmou.
O trabalho foi viabilizado por meio da Lei Rouanet e contou com o patrocínio do Sicoob (Sistema de Cooperativas Financeiras). Confira as informações técnicas da obra:
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