Depois de sete meses de paralisação, as aulas presenciais nas escolas estaduais do Espírito Santo serão retomadas nesta terça-feira (13). Na rede privada, as instituições já foram autorizadas pelo governo a reabrirem no dia 5 de outubro e, após impasses na Justiça, escolas particulares já começaram a receber os estudantes.
Na rede pública, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) chegou a entrar com uma ação para evitar o retorno das aulas, mas o pedido foi negado pela Justiça na última sexta-feira (9).
Com a volta às aulas mantida e sem uma vacina, pais, professores e alunos têm em comum uma preocupação: como evitar a contaminação pelo novo coronavírus?
A Gazeta reuniu 15 dicas de segurança para o retorno de alunos e professores às escolas a partir dos cuidados e regras na portaria divulgada pelo governo do Estado e também com a ajuda do infectologista Crispim Cerutti Júnior. Os três principais cuidados já são velhos conhecidos dos capixabas: higienização das mãos, uso da máscara e ausência de contato físico.
Mas há cuidados práticos que podem ser adotados, como carregar sempre uma máscara extra e saber o jeito certo de levar na mochila, por exemplo. O uso de mochila de rodinhas também é a mais indicada pelo especialista, porque tem menos contato com o corpo do aluno e apenas as rodas tocam o chão sujo.
As escolas devem ter álcool em gel para os locais onde estarão os estudantes, além de água corrente e sabão em todos os banheiros. Ainda assim, é recomendável ter um pequeno frasco de álcool com você, para carregar no bolso, por exemplo, e higienizar as mãos sempre que precisar.
A saudade dos amigos é normal, mas é importante conter a vontade de abraçar os colegas. Use o seu sorriso, ou no máximo os cotovelos, na hora de cumprimentar professores e colegas de classe, mas nada de aperto de mão, abraço ou beijo.
A máscara precisa ser trocada a cada duas horas. Se o aluno vai passar 4 horas na escola, precisa ter pelo menos mais uma máscara na mochila para fazer a troca no momento necessário. Além disso se, por qualquer motivo, a máscara molhar é preciso substituí-la imediatamente. "As máscaras têm função importante de evitar a saída de partículas, mas perdem a finalidade toda vez que são umedecidas. Se a pessoa tossir, espirrar, precisa trocar mesmo antes do intervalo de duas horas. É importante ter mais máscaras na bolsa", explica o médico Crispim Cerutti Júnior.
A máscara limpa deve ficar bem protegida na mochila, por isso o ideal é que ela esteja dentro de um saco de papel ou de plástico. O mesmo vale na hora de guardar a máscara suja: ela deve estar dentro de uma sacola, para não ter contato com os demais objetos que estão na mochila.
Toda vez que for necessário trocar a máscara é fundamental repetir o seguinte passo a passo: higienizar bem as mãos, retirar a máscara usada e colocar em uma sacola, higienizar as mãos e colocar uma máscara limpa.
Cada aluno deve ter o seu próprio material escolar, não devendo trocar ou emprestar objetos como lápis, caneta, borracha ou brinquedos (no caso das crianças menores). "Uma das formas de contágio é o contato. Não pode haver partilha de objetos, uma vez que o vírus permanece vivo nas superfícies por muito tempo."
Nada de tomar água direto do bebedouro. O ideal é que cada aluno tenha na mochila o seu copo ou garrafa de água.
O recreio precisa ser comedido. Vale circular e conversar, mas sempre de máscara e nada de brincadeiras de contato físico. "É importante ter supervisores na área do recreio para evitar que os alunos extrapolem e fiquem próximos demais", diz o infectologista.
Prefira mochila de rodinhas, que tem menos contato com o corpo do aluno e apenas as rodas tocam o chão sujo. Além disso, é possível higienizar mais facilmente o local onde as mãos tocam para puxar a mochila. "A mochila tradicional, carregada nas costas, é a menos recomendada, porque não tem como ter um controle de onde a mochila esbarra", defende o médico.
Manter abertas todas as janelas e portas dos ambientes, priorizando, sempre que possível, a ventilação natural.
Professores devem usar protetor facial (face shield) sempre que precisar chegar muito perto dos alunos para explicar uma atividade. Isso vale, especialmente, para os professores da educação infantil e alfabetização, que necessitam ficar próximos ao aluno para ensinar.
Caso a biblioteca escolar seja utilizada, devem ser implementadas medidas para garantir a devolução e empréstimo de livros em condições de segurança, devendo ser separado local específico para os materiais devolvidos, os quais serão mantidos no acervo por cinco dias para serem novamente liberados para empréstimo.
Sempre que possível, privilegiar atividades nas áreas externas, espaços mais amplos e arejados (pátios, jardins) e em regime rotativo dos grupos, considerando o distanciamento físico recomendado.
Sempre que possível, os horários de entrada e saída dos alunos devem ser escalonados, a fim de evitar aglomeração. Pais e responsáveis também devem esperar pelas crianças do lado de fora, para diminuir a circulação de pessoas dentro da escola.
Crie uma área de barreira em casa, para higienizar todo o material que estiver na mochila. Caderno, canetas, lápis, roupas (no caso de crianças menores), livros e mochila devem ser sempre higienizados no retorno para casa. O aluno também deve colocar o uniforme para lavar e tomar um banho assim que chegar.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta