A orientação para que as grávidas, imunizadas com a vacina Astrazeneca contra a Covid-19, devam esperar o final da gestação para tomar a segunda dose pode ser alterada. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, nos próximos 90 dias novas orientações podem vir do Ministério da Saúde.
Em entrevista para a CBN Vitória na manhã desta quinta-feira (20), Nésio relata que já há estudos avaliando a possibilidade de que as grávidas possam vir a ser imunizadas com a segunda dose de outro fabricante. “Precisam ser concluídos, garantindo a segurança para que seja completada a imunização com vacina de outro fabricante”, explica.
Até que isto ocorra, destacou, a orientação do Ministério da Saúde para as gestantes que foram imunizadas com a primeira dose da Astrazenca é para que a segunda dose só seja aplicada ao fim da gestação e do período puerpério ( até 45 dias pós-parto) para completar o esquema vacinal com o mesmo imunizante.
Nésio Fernandes destacou que apesar da espera, a primeira dose da vacina da Astrazenca vai ajudar a dar uma proteção para as grávidas. “É uma das melhores vacinas do mundo, e de fato, com a primeira dose as grávidas alcançam uma eficácia superior do que com as duas doses da Coronavac. A primeira dose já vai garantir a gestante, neste momento critico da situação da doença no Estado, uma proteção satisfatória”, explicou o secretário.
Ele lembrou ainda que nos próximos meses o país já deverá ter uma cobertura vacinal mais ampla, resultado das pessoas que já foram imunizadas, o que também ajuda a favorecer a proteção das grávidas até que possam tomar uma segunda dose do imunizante.
A vacinação das grávidas contra a Covid-19 com o imunizante da AstraZeneca foi suspensa em todos os municípios do Espírito Santo no último dia 11. A decisão é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), após a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina da AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Esta recomendação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra Covid em uso no país.
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