Desde que começou a obra de ampliação da Terceira Ponte, muitos motoristas estão preocupados com a largura das faixas para cada veículo. A dúvida que fica é: será que isso pode aumentar ou reduzir os riscos de acidente no local?
A ampliação da Terceira Ponte deve ser entregue em breve e vai trazer mudanças significativas no trânsito do local. No lugar das duas faixas de 3,5 metros, serão duas faixas de 2,80 metros, e uma de 3,14 metros para cada sentido. Com as faixas mais estreitas, a velocidade máxima também será reduzida de 80 para 70 km/h.
"Uma das vantagens da diminuição da largura da via é que você reduz a velocidade e reduz a possibilidade de algum tipo de colisão, fica mais seguro. No entanto, como ela está muito estreita, aquém do que deveria, na minha opinião, o motorista vai ter que transitar com muito cuidado pois qualquer desatenção ele pode realmente causar algum acidente, de qualquer jeito pode haver alguma pane em algum veículo e vai continuar tendo engarrafamento", detalhou Tarcísio Bahia, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em entrevista ao repórter Álvaro Guaresqui, da TV Gazeta.
De acordo com dados da concessionária que administra a ponte, de janeiro a junho deste ano foram registrados 334 acidentes no local. No mesmo período do ano passado, foram 250. Só em março deste ano foram 70 acidentes, quase o dobro do registrado no mesmo mês do ano passado. Março foi o mês em que começou a ser removida a mureta central da ponte, mas segundo o Governo do Estado, as duas coisas não estariam relacionadas.
"Relação nenhuma, mas para fazer isso tem que fazer uma análise de cada acidente, olhar onde ocorreu cada acidente, o que está acontecendo. Hoje a gente tem a maioria dos acidentes, por exemplo, na subida da Terceira Ponte, que não tem relação nenhuma com a obra", disse Fábio Damasceno, secretário da Mobilidade e Infraestrutura do Estado.
Outra grande mudança na ponte é extinção dos corredores de motos. Na nova divisão, as pistas laterais de 3,14 metros serão preferenciais para ônibus, veículos de emergência, táxis e motos. Para o professor Tarcísio Bahia, a decisão de colocar motociclistas para trafegarem nessa faixa é questionável. "Acho que ela deveria ser exclusiva para ônibus, para transporte público e transporte de emergência", disse.
Já o Governo do Estado garante que a medida é segura e eficiente. "Nós temos uma quantidade relativamente baixa de ônibus que passam na Terceira Ponte referente a outras avenidas em que o Transcol passa. Com isso você consegue colocar a moto, tira a moto do corredor, traz mais segurança para o motociclista, que é uma faixa que tem mais fluidez, porque tem uma quantidade baixa de ônibus, consegue fazer duas faixas para moto, consegue trazer caminhão, veículos de emergência e táxi", pontuou Fábio Damasceno.
Todos os dias, cerca de 90 mil veículos passam sobre a Terceira Ponte, e os motoristas que usam havia nos horários de pico já sabem que vão ficar agarrados do trânsito. Com a obra de ampliação, o governo espera aumentar em 40% o volume de veículos que passam simultaneamente sobre a ponte e com isso diminuir o tempo de espera na Praça do Pedágio. "O objetivo aqui é redução de congestionamentos, aumento da segurança viária e diminuir o tempo de travessia na ponte nos horários de pico", finalizou Damasceno.
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