Neste mês de dezembro, completa cinco anos que o Teatro Carlos Gomes fechou as portas para ser reformado. Nesse período, a previsão para o início das obras do importante símbolo cultural do Espírito Santo foi anunciada algumas vezes.
O teatro foi fechado em dezembro de 2017 por problemas no ar-condicionado e no telhado, passou por reparos e chegou a ser reaberto no improviso para eventos de setembro a dezembro de 2018.
A última promessa era de que a reforma ia sair do papel ainda em 2022, pois em junho o teatro recebeu tapumagem para reforma, após liberação de alvará pela Prefeitura de Vitória.
Mas as obras de restauro só devem começar de fato em maio de 2023 e a previsão é que durem dois anos. A reforma vai ocorrer a partir de um acordo de cooperação técnica feita entre o governo do Espírito Santo e o Instituto Modus Vivendi.
O patrimônio ganhará melhorias de acessibilidade, acústica, climatização e iluminação e a reforma está orçada em R$ 20 milhões, com recursos provenientes da iniciativa privada, ao todo, serão doados R$ 10 milhões pela EDP e R$ 10 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo a presidente do Instituto Modus Vivendi Érika Kunkel Varejão, atualmente é feito um estudo do acervo, catalogando todo o mobiliário do teatro para definir o que será mantido e restaurado. O instituto já recebeu a primeira parcela do convênio neste mês de novembro para iniciar os trabalhos. Érika conta que lustres, mobiliário e todas as peças importantes são avaliadas e serão passadas por um restauro fino, pois tudo o que há de histórico no teatro vai ser aproveitado.
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) informou que quando reaberto, o Carlos Gomes contará com café, espaço expositivo, acessibilidade e modernização da estrutura.
O projeto de reforma e restauro foi aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, e contempla obras de melhoria geral na edificação como o tratamento acústico, climatização, instalações, modernização dos sistemas hidráulico e elétrico, equipamentos de segurança; acessibilidade aos diferentes níveis do teatro, inclusive, palco, um café, no foyer superior aberto ao público e restauro nos elementos arquitetônicos e ornamentais do local.
O projeto arquitetônico teve investimento de R$ 337 mil em recursos do governo do Estado e foi supervisionado pela Gerência de Memória e Patrimônio da Secretaria da Cultura (Secult) e pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER).
Segundo Érika, o projeto está sendo trabalhado com muita excelência porque o teatro já está há anos fechado e faz parte da história do povo capixaba, e a equipe está resgatando a memória afetiva com o próprio patrimônio em si.
Outra preocupação no projeto é a segurança do local, por isso o projeto inclui também cortina corta-fogo. "Não adianta pensar só na estética de um teatro, temos que pensar num uso contemporâneo e na segurança. Temos ainda todo um trabalho de climatização, sonorização, e restauro arquitetônico. Vamos fazer um café e novas áreas de uso", detalha.
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