Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos, – uma das seis vítimas do atropelamento em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo – saiu do coma no último sábado (21), segundo a esposa dele, Dulcilene Ferreira, de 34 anos. O homem continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Sílvio Avidos, em Colatina.
Joenilton permaneceu em como durante nove dias após o acidente, que ocorreu na madrugada do último dia 12. Das seis vítimas atropeladas, o homem é o único que continua no hospital.
Segundo Dulcilene, o marido está consciente e já conseguiu abrir os olhos e mexer as pernas. “Ele abriu os olhos. Está respondendo, balançando a cabeça. Já reconhece todos nós. Está mexendo bastante as pernas e braços”, conta.
Segundo a esposa, o homem também está tratando uma infecção do pulmão, mas já respira sem ajuda de aparelhos. Devido a traqueostomia que passou, ele ainda não está falando.
Imagens impressionantes registradas por câmeras de videomonitoramento flagraram o acidente. No momento, Joenilton estava caminhando em uma rua do bairro Nossa Senhora Aparecida, junto com dois primos, de 19 e 17 anos.
Os três seguiam para a rodoviária, quando foram atingidos e arrastados por uma caminhonete. O jovem e o adolescente tiveram escoriações por todo o corpo, e já receberam alta do hospital.
Segundos após os três serem atropelados, outras três vítimas – entre elas dois motociclistas e um menino – que conversam em frente a uma pizzaria são atingidos pelo mesmo carro. Os três tiveram ferimentos leves. Uma mulher que estava perto consegue se afastar, e por pouco não é atingida.
O motorista da caminhonete que atropelou as seis vítimas, só se apresentou na delegacia do município na última terça-feira (17), e afirmou que passou mal ao volante. Após o atropelamento, o condutor fugiu sem prestar socorro às vítimas e abandonou o veículo em outro lugar. O nome e idade do homem não foram divulgados.
"Ele informou que teve um mal súbito no momento do acidente, e alega que sentiu risco pessoal e por isso evadiu do local", afirma o delegado Ricardo de Oliveira, titular da Delegacia de Polícia de São Gabriel da Palha.
Sobre a demora em se apresentar à polícia, o motorista informou durante o interrogatório que, devido ao mal súbito, precisou cuidar da saúde.
De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como lesão corporal culposa – quando não há intenção. Por isso, a corporação explicou que não cabe o pedido de prisão preventiva, e o motorista foi liberado após o depoimento.
Segundo o delegado, o inquérito do caso deve ser construído em 30 dias.
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