O ano de 2023 começou com a desaceleração da sexta onda da Covid-19 no Espírito Santo. Na primeira quinzena de janeiro foram registrados 4.125 casos da doença, representando uma queda significativa em comparação com o mês passado, quando houve 61.554 diagnósticos positivos – uma média de 15.388 por semana.
A nova fase de expansão do coronavírus teve início em novembro, devido à transmissão de uma subvariante da Ômicron. Em um período de estabilidade, durante o mês de outubro, houve a confirmação de 765 casos. Já em novembro, saltaram para 32.858 e ainda teve um aumento de 126% no mês seguinte.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16), o subsecretário de vigilância em saúde Luiz Carlos Reblin afirmou que havia a expectativa de a doença já estar em queda neste ponto do mês. As festividades de final de ano, no entanto, fizeram com que a incidência permanecesse estável nas semanas consecutivas.
"Essa onda está diminuindo, mas não na velocidade que foi a onda da metade do ano passado ou do início de 2022. Um pouco mais lentamente, em função das festividades do Natal e do Ano Novo. Desta semana em diante, a queda deve se consolidar", pontuou Reblin.
De acordo com o subsecretário, a desaceleração de casos também pode ser vista no número de óbitos. Até o momento 24 pessoas morreram em decorrência da doença, enquanto esse número chegou ao patamar de 144 casos em dezembro. Ou seja, uma média de 36 por semana.
Além disso, conforme explicou Reblin, o índice de mortalidade pela Covid-19 atualmente está em 0,16, uma taxa dez vezes menor do que durante toda a pandemia.
"A vacina tem um papel fundamental nisso. E agora nós também temos o medicamento utilizado em pacientes que têm mais de 65 anos e/ou que tenham comorbidades, que podem levar ao risco de adoecer de forma mais grave", explicou.
O ano de 2022 terminou com os principais indicadores da pandemia em alta no Estado. Dezembro registrou 114 mortes pelo coronavírus – número que é mais de cinco vezes maior se comparado com o de novembro anterior, quando aconteceram 21 óbitos. Um aumento de 442%, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Com esse agravamento, o Estado voltou a um patamar que não era visto desde o último mês de julho. Na média, é como se quase quatro pessoas tivessem morrido a cada dia de dezembro. O crescimento dessas mortes foi considerado um dos reflexos da sexta onda da pandemia em território capixaba.
Ainda segundo a Sesa, o pico da sexta onda já passou: o de casos ocorreu no início de dezembro, e o de mortes, entre os dias 11 e 18 do mesmo mês.
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