Material escolar, máscara e álcool 70%. Esses são os itens que devem fazer parte da rotina estudantil em 90% das escolas da rede particular que voltaram às atividades nesta segunda-feira (01).
A informação de retorno às atividades foi passada pelo vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Eduardo Costa Gomes, durante entrevista concedida à rádio CBN Vitória nesta segunda-feira.
O superintendente do Sinepe-ES, Geraldo Diório Filho, informou via assessoria, que 330 escolas voltarão ao regime presencial até a próxima segunda-feira (08). O número não inclui as instituições de ensino superior do Estado.
Eduardo explicou que as escolas particulares se organizaram no ano passado com base no protocolo de saúde determinado pelas Secretarias de Estado da Saúde e Educação, principalmente, no que se referia à limitação de ocupação do espaço em salas de aulas e outras questões ligadas à saúde da comunidade escolar.
"As restrições continuam iguais e, por isso, o trabalho se dá com a mesma dinâmica. A ocupação de sala com o máximo permitido. Excedendo esse número, a escola, necessariamente, vai ter que fazer um rodízio de frequência. E a gente ainda continua oferecendo o ensino remoto àqueles que não puderem voltar à condição presencial", destacou.
Questionado sobre a realização de testes para identificar se alunos, professores e funcionários estão infectados com o coronavírus, o vice-presidente disse que a discussão foi iniciada em outubro do ano passado. À época, houve entendimento que a testagem em massa se apresentou inviável devido aos custos do procedimento.
"Uma testagem teria de ser recorrente, uma vez apenas não faz sentido. O custo repassado às famílias seria altíssimo. O que a gente tem batalhado nos protocolos de saúde internos é que haja coerência na atitude de todos", orientou.
Para o Sinepe-ES, a triagem e a checagem diária da presença de sintomas são extremamente importantes. Em caso de suspeita de infecção na comunidade escolar, o aluno, professor ou funcionário é afastado imediatamente.
"Se houver qualquer suspeita, afasta-se imediatamente a frequência, migra-se para o (ensino) remoto e há um acompanhamento do caso. Essa suspensão é acompanhada por um prazo determinado, que seria, por exemplo, o da quarentena. Recomenda-se um teste nesse período para saber se antes do afastamento houve qualquer risco nessa frequência do espaço de escola", informou.
O vice -presidente do Sinepe também comentou sobre a reprovação nas instituições particulares. Ele afirmou que, desde o ano passado (2020), não havia qualquer restrição neste sentido e acredita que algumas escolas possam ter usado a ferramenta, avaliada como ação pedagógica.
"Se a gente tem, daqui a poucos meses, a volta à normalidade, eu entendo que podemos ser mais rigorosos com as cobranças, inclusive com o volume do que está sendo exigido. Estamos em um momento delicado e a escola precisa terá de ter sensibilidade para avaliar isso", enfatizou.
Com a pandemia, as aulas presenciais foram suspensas em março do ano passado no Espírito Santo. O ensino foi retomado a partir de atividades remotas, quando o aluno estudava em casa, muitas vezes, com a ajuda dos familiares. Nessa modalidade, segundo explicou Eduardo, nem todos os conteúdos previstos no currículo de 2020 foram ministrados naquele ano.
"A orientação do Conselho Nacional de Educação era que a escola olhasse para o currículo para que o essencial fosse garantido. A essência de trabalho de escola em 2021 é começar o ano com conteúdos, questões ordinárias, entendendo e identificando, nos alunos que estão naquela turma determinada, quais são as deficiências a e lacunas deixadas. A escola precisa ter sensibilidade para perceber as necessidades de cada jovem e trabalhar de perto para garantir o aprendizado. É um processo que vai demorar", avaliou.
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