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A Gazeta contribuiu para mostrar como é nosso trabalho, diz médico de UTI

A Gazeta contribuiu para mostrar como é nosso trabalho, diz médico de UTI

Otílio Canuto, médico intensivista, conta como o jornalismo profissional tem contribuído para o trabalho dos profissionais de saúde durante pandemia da Covid-19

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 19:11

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O doutor Otílio Canuto faz uma intubação. Esse procedimento é muito usado em pacientes com a covid-19
O doutor Otílio Canuto realiza intubação. Esse procedimento é muito usado em pacientes com a Covid-19. (Carlos Alberto Silva)

Durante cinco dias, o repórter de A Gazeta, Carlos Alberto Silva, esteve dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Evangélico de Vila Velha registrando, em vídeo e fotos, a correria dos profissionais da saúde para salvar doentes graves, a preocupação com o bem-estar físico e emocional dos pacientes, as lágrimas pelas perdas e também o alívio pelos curados.

“Por meio da reportagem de A Gazeta, as pessoas acabaram entendendo melhor o contexto do nosso trabalho. Nosso papel de intensivista não é muito conhecido, muitos não sabem que é uma especialidade, que existe um médico para ficar dentro da UTI. Com a divulgação, várias pessoas passaram a entender melhor  o que fazemos e vêm falar com a gente, para apoiar o trabalho da equipe”, relata o médico Otílio Canuto, que foi entrevistado na série "Correria, lágrimas e gratidão: a guerra contra a Covid em hospital do ES". 

A perda de uma paciente

Durante o período da reportagem, foram registradas quatro mortes no hospital. O intensivista viveu a perda de uma paciente de 25 anos, que ficou 60 dias internada. Ela tinha acabado de fazer aniversário dentro do hospital, com uma pequena comemoração improvisada pela equipe de saúde, com direito a bolas brancas e frases carinhosas em torno do leito. A jovem não tinha qualquer comorbidade, mas a Covid-19 evoluiu para um quadro extremamente grave e agressivo.

Com um procedimento cirúrgico, o doutor Otílio Canuto tenta salvar a vida de uma paciente
Com um procedimento cirúrgico, o doutor Otílio Canuto tenta salvar a vida de uma paciente. (Carlos Alberto Silva)

Papel do jornalismo contra a Covid-19

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Quando você vê a situação dos pacientes internados por conta do novo coronavírus, é que a ficha cai e as pessoas enxergam a gravidade. Muita gente veio falar conosco que ficou assustada com o que viu acontecendo dentro do hospital e que, por meio da cobertura de A Gazeta, mudou muito o entendimento sobre a doença

Otílio Canuto
Médico
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Para Otílio, o jornalismo profissional tem ajudado na conscientização e na luta contra a Covid-19. “O grande legado da reportagem também foi mostrar à população o que é preciso fazer, e mudar no comportamento, para se evitar parar em um leito de UTI”, avalia.

De acordo com o repórter que comandou a cobertura, o objetivo foi mostrar quem são os trabalhadores que estão na linha de frente dessa guerra sanitária.

“Jornalista tem a obrigação de gostar de gente mais do gostar de escrever, de fotografar. Sem gente não existe história, e a história vai dizer quais foram as pessoas que deram suas contribuições durante a pandemia. Cabe a nós repórteres fazer o registro do tempo”, afirma Carlos Alberto Silva.

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